Em 1887, procedente de Zévio, pequeno povoado na província de Verona, norte da Itália, chega a Bento Gonçalves Marcelino Brandelli. Como todos os imigrantes, no início, sobreviveu dedicando-se à agricultura rudimentar da época e, simultaneamente, iniciou o plantio de videiras, cujo vinho se destinava ao consumo da família. Em 1946, Cezar, filho de Marcelino, com sua família, adquiriu 30 hectares de terra na localidade Oito da Graciema, onde se consolidou a produção de uvas e vinhos, muito apreciados pelos vizinhos e amigos. Esta tradição e arte foram transmitidas de pai para filho e, Laurindo, filho de Cezar, esmerou seus conhecimentos, passando a produzir e elaborar vinhos finos de castas nobres, com a ajuda dos filhos Ademir e Márcio, os quais possuem formação enológica, e Adelar e Afonso, os vinhateiros.
Em 1991, Laurindo reuniu os filhos, Ademir, Adelar, Alfonso e Márcio, e com eles resolveu institucionalizar a venda de seus vinhos, criando a Vinhos Don Laurindo Ltda., empresa constituída unicamente com membros da família. Unindo-se tradição, arte e técnica através da produção própria e seleção das uvas, obtêm-se excelentes resultados na elaboração dos vinhos, elaborados para consumo da família e, o excedente, comercializado.
Origem Nobre
O brasão da vinícola (veja
aqui), representa a grandeza, a coragem e o valor de uma família que deixou marcas indeléveis na História. A longa permanência na província de Verona, o registro de sua notável participação no Nobre Conselho e a sua capacidade e dedicação ao trabalho encontram-se nos arquivos históricos da Itália. O brasão da família Brandelli retrata a tradição e o trabalho dos antepassados.
Vinhedos
A família Brandelli possui 12 hectares de vinhedos numa área privilegiada, onde o cultivo da vinha e o controle da produção de uvas são acompanhados pelos irmãos Adelar e Alfonso, com a supervisão do pai, Laurindo Brandelli.
Os vinhedos Don Laurindo encontram-se numa de geografia que se assemelha a do Norte da Itália, região de vales e montanhas. Daí dizer-se que, a principal característica dos vinhos Don Laurindo, é a de ser "vinho de montanha". Os primeiros vinhedos, de cepas comuns, datam de 1889 e passaram a ser substituídos a partir de 1970 por variedades viníferas Malvasia de Cândia, Riesling Itálico, Chardonnay, Flora, Gamay, Merlot, Cabernet Sauvignon, Tannat e Ancellota. O microclima, com temperaturas próximas a 0ºC durante o inverno, proporciona repouso à videira. Além disso, quente no verão, com ótima incidência de sol, é extremamente favorável à produção de uvas sãs, maduras, com baixa acidez, muito aroma, cor e grande teor de açúcar natural. O terreno fértil proporciona vigor aos parreirais, controlado por podas mais abertas para que os cachos das uvas recebam maior quantidade de sol.
Vinícola
Atualmente, a vinícola elabora 130 mil garrafas de vinhos. Além de excederem em qualidade de ano para ano, também refletem sua individualidade. Possui 500 m² de área.
As pipas de madeira de Grappia e as barricas de carvalho dividem o espaço com tanques de aço inoxidável, máquinas e equipamentos modernos e com as lindas caves de pedra que guardam os vinhos engarrafados para envelhecimento.
Caves
O carinho com a guarda dos vinhos é tão importante quanto o cuidado dispensado na elaboração dos mesmos. É no envelhecimento que as uvas irão transmitir suas vivências. O vinho amadurece nas pipas e, depois, é engarrafado e armazenado nas caves da Vinícola, onde, com temperatura natural constante em torno de 15 Cº, em ambiente de penumbra e silêncio, continua sua evolução. O período de envelhecimento é definido, conforme cada variedade, através de degustações. Em nível sensorial pode-se apreciar a redução da aspereza, a evolução da cor, dos aromas e a formação de bouquet.
Mais informações: fone (54) 459-1600.
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Programação Especial do Festival da Colheita
Um encantador vale localizado entre as divisas dos municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul, destaca-se por suas colinas encobertas por parreirais rendilhados por plátanos num cenário único. A apenas 10 km de Bento Gonçalves e Garibaldi, o acesso se faz por excelente estrada pavimentada e bem sinalizada que serpenteia entre paisagem bucólica, com a presença de exemplares da arquitetura colonial italiana. A Vinícola está permanentemente aberta a visitações com dia e hora marcados.
Revisão e edição: Renata Appel