A Sociedade Brasileira de Correções Odonto-Maxilares (Sobracom) promove o 6° Simpósio Internacional de Ortopedia Funcional dos Maxilares e Ortodontia e Ortopedia Facial, de 30/08 a 01/09, em Porto Alegre. "O objetivo é reunir grandes especialistas do Brasil e do Exterior, com reconhecida experiência clínica e científica, para abordar os últimos avanços no diagnóstico e tratamento do mau posicionamento dentário, além de novidades em materiais e técnicas", destaca a Presidente da Sobracom, Rita Schmitt Caccia.
Dirigido a cirurgiões-dentistas e a outros profissionais que atuam em especialidades afins, o evento já tem como palestrantes confirmados Diego Tatis, da Colômbia, Francisco Macedo, Henrique Vilella, entre outros. Programação completa e inscrições:
www.simposiosobracom.com.br.
Mau posicionamento dentário pode indicar disfunções
Engana-se quem pensa que o mau posicionamento dentário (dentes separados, apinhados ou proeminentes, por exemplo) e problemas nas arcadas (mordida aberta, profunda, cruzada, palato estreito, queixo saliente ou pouco desenvolvido) são apenas um problema estético ou genético. As alterações no crescimento e desenvolvimento dos maxilares e dos dentes podem ser sinal de uma série de disfunções na respiração, sucção, deglutição, mastigação, fonoarticulação (fala), que, se não forem tratadas, levam também a comprometimentos de ordem geral, tais como problemas de postura (coluna), sistêmicos (distúrbios de peso) e comportamentais (déficit de atenção ou hiperatividade), requerendo uma abordagem multidisciplinar.
“A prevenção destes problemas de ordem funcional deve ser iniciada antes do nascimento da criança (estímulo ao aleitamento materno) e durante o crescimento ativo, com resultados mais efetivos e estáveis através da informação, orientação aos pais ou responsáveis. Quando a alteração já existe, é possível intervir com procedimentos simples na execução, mas com resultados surpreendentes e que exigem capacitação específica para atuação em idades bem precoces”, salienta a ortopedista Rita Schmitt Caccia. Segundo a especialista, fatores como a amamentação incorreta, hábitos não nutritivos, como o uso da chupeta, os vícios mastigatórios (como mastigar apenas de um lado da boca) e a respiração bucal podem, aliados ou não à predisposição genética, levar a deformidades dentárias.
“O maior risco ocorre quando essas deformidades são causadas pela respiração bucal, que pode levar ainda a distúrbios do sono, de peso, e na postura crânio-cervical”, diz a especialista. Ela explica que, por não realizar a respiração pela via nasal, a criança tem perda na qualidade do sono (levando à sonolência diurna, falta de atenção ou irritação), alimenta-se pouco ou muito rapidamente (já que precisa da boca para respirar) e tende a ter a cabeça adiantada, levando à postura incorreta – além, é claro, de desenvolver alterações maxilares e de posicionamento dentário.
“Muito além do cuidado estético, é pela saúde que crianças com este problema devem buscar tratamento especializado. A Ortopedia Funcional dos Maxilares tem foco sistêmico e se preocupa com toda parte funcional do indivíduo, levando-o não apenas a uma melhora da aparência, mas principalmente de sua qualidade de vida”, destaca Rita. Quanto mais precoce o diagnóstico do problema, mais simplificada a intervenção. Nas situações em que o paciente procurar atendimento em outras fases da vida até a idade adulta, novas abordagens vão se fazer necessárias.
Para mostrar avanços em técnicas ortopédicas funcionais e ortodônticas e tratamentos em todas as idades, a Sobracom realiza em Porto Alegre o 6° Simpósio Internacional de Ortopedia Funcional dos Maxilares e Ortodontia e Ortopedia Facial, no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael (Av. Alberto Bins, 509 – Centro, em Porto Alegre/RS).
Revisão e edição: Renata Appel