|
AGAS alerta para riscos do pacote do Governo do RS que pretende tributar cesta básica e hortifrutigranjeiros Entidade defende a desoneração de produtos básicos e o combate a privilégios e à informalidade Atenta às discussões acerca do projeto de aumento de ICMS proposto pelo Governo do Estado a partir do fim de incentivos fiscais a diversos setores produtivos e da oneração da cesta básica dos gaúchos, a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) vem participando de fóruns, reuniões e debates junto a representantes de diferentes segmentos da economia visando a busca de sugestões que possam ser alternativas à proposta apresentada pelo governador Eduardo Leite, que deve entrar em vigor a partir de abril. Segundo o presidente da entidade, Antônio Cesa Longo, o cenário apresentado pelo Governo para buscar o equilíbrio das contas públicas é o pior possível, já que sobrepesará justamente na camada mais pobre da população gaúcha. “Estamos transferindo a conta para as famílias menos abastadas e que já estão com seu poder de compra altamente reduzido. O consumidor gaúcho não tem renda para suportar aumento de preços em alimentos essenciais do seu dia a dia neste momento”, afirma o supermercadista, lembrando que o varejo é apenas um repassador dos tributos que serão majorados. Para o dirigente da AGAS, além de danosa aos consumidores mais necessitados, a proposição do Governo do Estado será ineficaz no que tange ao aumento da arrecadação, já que a atividade econômica será reduzida pela queda de consumo das famílias em diversas categorias. “É preciso incentivar a atividade industrial, garantindo emprego e renda às pessoas, já que a indústria gaúcha é a terceira com maior queda de produção no Brasil em 2023. Este é um cenário perigoso e lamentável que precisamos reverter com trabalho, gestão e diálogo, e o setor supermercadista está disposto a construir”, sugere Longo. Um estudo divulgado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre nesta semana mostra que, no acumulado dos últimos 25 anos (1998-2023), o PIB gaúcho cresceu 46,9%, o IPCA aumentou 372,2% e o ICMS subiu 1016,6%. “Ou seja, os impostos aumentaram três vezes acima da inflação e nove vezes acima do desenvolvimento econômico. Vivemos todos em um condomínio e mais uma vez estamos protegendo os moradores da cobertura em detrimento dos mais necessitados. Precisamos combater os privilégios e o corporativismo, retirar direitos adquiridos de setores e combater a informalidade. O consumidor mais pobre não pode receber este novo ataque e suportar mais essa conta”, conclui o presidente da AGAS. Autor: Francisco Brust Fonte: Assessoria de Imprensa da AGAS |