Imprimir
 

Os novos tempos na pandemia aceleram hábitos no confinamento que podem ser prejudiciais à saúde visual

A prática constante e ininterrupta de assistir telas de celulares, tablets e computadores a uma distância próxima podem provocar consequências nocivas aos olhos. A irradiação da chamada ‘luz azul’, que são ondas eletromagnéticas com intensidade elevada emitidas por LED causam a fadiga ocular.

O cansaço visual diante da exposição à luz azul-violeta, não só de aparelhos eletrônicos, mas como o da iluminação moderna em geral, ocasionam nas pessoas a reações involuntárias em seu comportamento, como retardar o sono e, por consequência, provocar a estafa. Em razão do isolamento social, muitos invariavelmente se dedicam ao uso exagerado de aparelhos eletrônicos, o que multiplica o risco e afeta o relógio biológico humano.

A situação pode ser mais agravante, sobretudo – e principalmente em crianças –, pessoas que se submeteram a cirurgia de catarata e portadores de doenças relacionadas à retina. Para a chefe de Serviço Oftalmologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e professora da Faculdade de Medicina da Ufrgs, Diane Ruschel Marinho, em razão da pandemia, nota-se o número crescente de casos relacionados à fadiga e desconforto visual, associados a sintomas como ardência, olho vermelho ou ressecamento ocular em razão do tempo ininterrupto de uso de telas.  Fatores esses, estão diretamente relacionados a alteração de rotinas, ligados à insônia, uma vez que o excesso de exposição a luz azul estimula o comportamento ‘desperto’, ocasionando dificuldades para dormir.

Estudos têm mostrado que a excessiva exposição a luz azul de forma cumulativa pode ser danosa às células da retina e predispor a degeneração macular, doença que pode levar a cegueira. Para evitar os sintomas e garantir a saúde ocular, a oftalmologista recomenda evitar o uso excessivo de aparelhos principalmente antes de dormir. O aceitável é que crianças até 2 anos de idade evitem contato com telas, de 2 a 5 anos apenas o uso de 1 hora por dia, de 6 a 10 anos o tempo de 2 horas, e adolescentes até 3 horas, intermediando períodos de intervalos. “Para as crianças, as chances de aumento de miopia podem aumentar em razão de exposição aos eletrônicos. Estima-se que até 2050, metade da população seja míope”, antecipa Marinho. Também ressalta que o recomendável seria estimular atividades ao ar livre e o exercício de olhar para o infinito para diminuir os efeitos danosos do excesso de uso de eletrônicos.

Diante das novas rotinas sob telas, a luz azul ao ser absorvida pela retina, estimula o cérebro a ficar alerta e suprime a produção de melatonina, o hormônio que induz ao descanso à noite. Com este desregramento no comportamento, muitas funções no organismo acabam sendo comprometidas e afetam na liberação de substâncias que controlam o sono e o estresse. Para a professora e diretora técnica do Sindióptica RS, Patrícia Fichtner Milan Rödel, quando a quantidade de luz azul for excessiva, o organismo manifestará seu stress visual através de sintomas como ardência, sensação de areia, olhos pesados, dor de cabeça e até insônia.

Segundo a diretora, existe hoje no segmento óptico alternativas que auxiliam a diminuir o desconforto ocasionado pela iluminação LED, através de lentes que filtram parte dessa luz azul captada pelos nossos olhos, provocando uma sensação de maior conforto. “Não há necessidade que os óculos com lentes filtrantes da luz azul estejam relacionados com a correção de grau, podem também ser confeccionados em outras lentes, como uma excelente opção para todas as pessoas que querem ter uma melhora na sua qualidade de vida, inclusive crianças”, analisa. 


Autor: Rodrigo Vizzotto
Fonte: Assessoria de Imprensa

Imprimir