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Fofos e muito amados pelos donos, os bichinhos de estimação ganham cada vez mais cuidados em relação à saúde, bem-estar e, claro, muitos mimos Não é à toa que o setor pet, que engloba os segmentos de alimentos para animais de estimação, produtos veterinários, equipamentos, acessórios, produtos de higiene e beleza animal, e serviços faturou R$ 20,3 bilhões em 2018, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet). O Brasil já é o segundo maior mercado do mundo nessa área, atrás de Estados Unidos, segundo o Euromonitor. A CEO da GS1 Brasil, Virginia Vaamonde, não mede esforços na hora de cuidar do labrador Paco e da Bella Ciao, da raça Golden (foto de abertura). “Como consumidora, estou sempre atenta às novidades, que hoje estão ao nosso alcance pelo smartphone. Também invisto em alimentação de qualidade e tratamentos alternativos, como acupuntura. Pensando no mercado, o segmento pet registra um crescimento importante e oferece várias oportunidades, nas quais a tecnologia pode ser protagonista”, afirma. Em um contexto tão dinâmico, a tecnologia começa a fazer a diferença para apoiar a oferta de produtos e serviços para os pets, trazendo comodidade para a rotina dos donos. “A tendência é que, progressivamente, o pet seja considerado um membro da família. Dessa forma, todo serviço prático e rápido vai ganhar a preferência dos donos dos animais de estimação. É o que aconteceu com serviços de mobilidade urbana ou de pedidos de delivery – o que é bom para nós vai ser cômodo para nosso dia a dia com eles também. Quanto mais lúdico e interativo for um serviço em plataformas digitais, mais bem-sucedido ele será”, aposta o vice-presidente de comércio e serviços do Instituto Pet Brasil (IPB), Nelo Marraccini. Varejo online Atualmente, a loja comercializa 15 mil SKUs. Com DNA digital, o Petlove oferece sistema de assinatura em que o cliente escolhe uma cesta de produtos para receber todo mês, com a flexibilidade de mudar os itens conforme a necessidade ou cancelar o serviço quando quiser. “A migração de consumo offline para online é evidente e temos ganhado clientes novos todos os meses. As pessoas estão procurando um melhor custo-benefício, comodidade de receber os produtos em casa no prazo, sem precisar fazer estoque, e a um custo acessível”, analisa Waldman. Nos lares brasileiros, há mais de 139 milhões de animais estimação, segundo dados do Instituto Pet Brasil “Cãoprador” Para utilizar, é preciso que a câmera do aparelho com acesso à internet (computador, tablet ou celular) capte toda a face do cachorro. Assim, a inteligência artificial consegue identificar o nível de interesse para a compra de determinado produto – representado por um gráfico de ossinhos. Para que essa identificação seja possível, o sistema de inteligência artificial foi treinado com milhares de fotos de cachorros. O projeto considerou a experiência de navegação possível para os cães, considerando a visão, que diferente dos humanos, enxergam numa escala de amarelos e azuis. Além disso, todos os produtos são apresentados em forma de vídeos, pois os cães não prestam atenção em imagens estáticas. Aplicativos facilitam o dia a dia Assim, há vários apps que auxiliam nos cuidados diários com os pets. O PetBooking, por exemplo, ajuda a agendar serviços como banho e tosa, adestramento, passeios e consultas veterinárias, colocando os donos dos animais em contato com os prestadores de serviços. virginia com cachorros no parqueJá pelo aplicativo Dog Hero é possível encontrar anfitriões para hospedar os cãezinhos enquanto os donos viajam ou não querem deixar o bichinho sozinho em casa. Os anfitriões recebem avaliações, o que ajuda os donos dos pets na escolha, e o pagamento é feito pela própria plataforma com cartão. Há também como agendar passeios, por enquanto apenas em São Paulo e Rio de Janeiro. Pelo app, dá para acompanhar o trajeto que os passeadores fazem com os animais. Produtos tecnológicos Os produtos tecnológicos também começam a cair no gosto dos clientes da Petlove. A empresa vende, por exemplo, coleira com GPS para rastrear cachorro e comedor automático, um robô que abastece a quantidade e a frequência de comida e vem com câmera embutida para que o dono possa ver o bichinho se alimentar. “Estamos percebendo aumento nas vendas desses equipamentos, porém ainda são caros e não tem escala. Mas, com o tempo, os produtos tecnológicos serão mais frequentes na casa do consumidor”, prevê o CEO da Petlove, Marcio Waldman. A Cobasi tem como carro chefe de vendas as rações nas lojas físicas, mas os produtos tecnológicos também começam a ganhar espaço. “Estamos constantemente em contato com os atuais e novos fornecedores para trazer inovações para o mercado. Identificamos as necessidades dos clientes e desenvolvemos produtos com os fabricantes e importadores”, afirma o gerente comercial da Cobasi, Fausto Pereira. A empresa comercializa, por exemplo, um alimentador inteligente para cães e gatos, que é controlado com o smartphone ou tablet conectado à internet. Basta fazer o download do aplicativo, configurar a quantidade e o horário ideais para alimentar o pet. Também é possível gravar um áudio para o bichinho, como uma forma de estimulá-lo a se alimentar se estiver sozinho no ambiente. Quando a ração acabar, ou caso acumule ou trave, o tutor é notificado pelo smartphone. A empresária Carolina Ozima, de São Paulo (SP), é dona do Barthô, um cãozinho da raça maltês de 3 anos, e começou a apostar na tecnologia para acompanhar todos os momentos de seu companheiro. Ela comprou uma câmera e instalou na sala do apartamento para observar o comportamento do Barthô quando ele fica sozinho em casa. A câmera é conectada ao celular por meio de um aplicativo. “Quando estou fora, acesso o aplicativo e vejo o que ele está fazendo, se está latindo, comendo ou se fica com medo por conta de algum barulho”, afirma. Autor: Redação GS1 Brasil Fonte: GS1 Brasil |