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Avanços da cirurgia robótica e novidades no tratamento da asma foram destaque no simpósio internacional promovido pelo Hospital Moinhos de Vento

Diagnósticos mais rápidos e precisos, tratamentos inovadores e o uso da cirurgia robótica na medicina respiratória foram discutidos em Porto Alegre, no 2º Simpósio Internacional do Serviço de Pneumologia e Cirurgia Torácica. Promovido pelo Hospital Moinhos de Vento, o evento ocorreu na tarde de sexta-feira (30) e durante todo o sábado (31), no Hotel Sheraton. Especialistas nacionais e internacionais apresentaram palestras voltadas à atualização dos profissionais nas técnicas de manejo das doenças respiratórias.

Para o coordenador do simpósio, Marcelo Gazzana, a rápida evolução da tecnologia e as descobertas cientificas tornam cada vez mais necessários o treinamento e a atualização dos pneumologistas e cirurgiões. “É sempre oportuno ir além das fronteiras para conhecer e divulgar novas técnicas e possibilidades. Nossa intenção é promover a troca de conhecimentos para qualificar ainda mais os tratamentos oferecidos aos pacientes, desde as doenças mais prevalentes, como a asma, até as mais complexas e desafiadoras, como o câncer de pulmão”, avaliou Gazzana, que é Chefe do Serviço de Pneumologia e Cirurgia Torácica do Hospital Moinhos de Vento.

A Gerente Médica do Hospital Moinhos de Vento, Gisele Nader, lembrou que o serviço de Pneumologia e Cirurgia Torácica vem se fortalecendo não só pelo investimento em tecnologia de ponta, mas também pela qualificação dos médicos. “Nos próximos meses nossa equipe contará com mais dois profissionais certificados em cirurgia robótica.” Em novembro de 2018, a instituição gaúcha realizou a primeira cirurgia robótica torácica do Sul do Brasil. 

Cirurgia robótica

Diversas conferências do simpósio destacaram os resultados promissores da cirurgia robótica no tratamento das doenças respiratórias e torácicas. Para o secretário da Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica, Ricardo Terra, um dos palestrantes, a tecnologia apresenta vantagens ao permitir cirurgias minimamente invasivas. Isso acontece, segundo ele, sobretudo pela flexibilidade dos instrumentos e pela visão 3D que proporciona ao cirurgião. “Especialmente no tórax, a cirurgia robótica tornou o procedimento cirúrgico mais preciso e menos traumático”, indicou o professor da USP, destacando que a novidade provocou uma importante expansão tanto no volume como na complexidade dos procedimentos realizados.

As novas formas de exame e diagnóstico também foram apontadas pelos especialistas como grandes inovações. De acordo com Maria Teresa Ruiz Tsukazan, cirurgiã torácica do Hospital Moinhos de Vento, a instituição tem apostado nos procedimentos de ecobroncoscopia (EBUS) para ampliar a precisão do diagnóstico e a avaliação do estágio em tumores de pulmão. "Fomos os primeiros a adquirir esse equipamento no Estado e a contar com profissionais capacitados no exterior para operá-lo", sublinhou.

A técnica associa a já conhecida endoscopia com a ultrassonografia, proporcionando um exame mais profundo ao detectar lesões que não são visíveis pelo método convencional. O procedimento é menos invasivo e fornece imagens mais detalhadas, permitindo uma avaliação assertiva dos médicos. Também facilita o diagnóstico precoce e a decisão pelo tratamento e, por consequência, reduz a mortalidade associada à doença.

Asma em debate

No sábado, o simpósio aprofundou as discussões sobre os diagnósticos e tratamentos da asma, doença crônica que voltou às rodas de conversa desde a morte da escritora Fernanda Young, no último domingo (25). Os pneumologistas Leandro Genehr Fritscher, Flavia Gabe Beltrami e Pierangelo Tadeu Baglio, do Hospital Moinhos de Vento, participaram de uma mesa redonda sobre a educação de pacientes asmáticos, os casos que não respondem aos tratamentos e as perspectivas da medicina personalizada. Completou o debate o pneumologista Bernardo Henrique Ferraz Maranhão, professor da Faculdade de Medicina da UNIRIO e ex-presidente da Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Rio de Janeiro.

Hoje, aproximadamente 20 milhões de brasileiros sofrem com a asma. Afetando as vias respiratórias, é a mais comum no país, ocasionando cerca de seis mortes por dia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 10% dos portadores enfrentam a forma grave da enfermidade. 


Autor: Redação
Fonte: Moinhos Critério

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