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Fraco desempenho da economia explica o comportamento do consumidor gaúcho

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou a segunda queda consecutiva em junho na comparação com o mês imediatamente anterior, conforme aponta pesquisa da Fecomércio-RS, divulgado nesta quinta-feira (27/06). O ICF alcançou 90,0 pontos, uma variação de -1,6% frente ao mês anterior. No entanto, em comparação ao mesmo período de 2018, o resultado apresentou alta de 20,5%.

O consumo atual, mais uma vez, foi o indicador com maior queda na comparação com o mês anterior (-4,8%), enquanto o índice sobre o emprego atual (116,7 pontos) é o único que se mantém otimista, longe do patamar neutro. Por outro lado, acesso ao crédito, compra de bens duráveis e a perspectiva profissional permanecem em patamar pessimista. “O fraco desempenho da economia e a lenta recuperação do mercado de trabalho contribuem para a cautela das famílias”, comenta o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

Com uma geração líquida de 36.143 mil empregos, o indicador do situação de emprego permaneceu estável, mas em relação ao mesmo período de 2018 foi verificada alta de 10,8%. Este cenário indica que há uma recuperação do mercado de trabalho, ainda que em ritmo lento. A média do índice em 12 meses aumentou para 109,4 pontos na passagem de maio para junho.

Já a avaliação da renda atual alcançou 101,9 pontos, alta de 22,0% em relação a junho do ano passado, enquanto na margem a redução foi de 2,2%. “A inflação em março e abril afetou a percepção da renda familiar, que sentiram o aumento na alimentação e no transporte”, argumenta Bohn.

Foi justamente a falta de confiança das famílias sobre o consumo atual que acelerou a queda do ICF em junho, que registrou 100,1 pontos, permanecendo em patamar neutro. A comparação positiva com relação a 2018 se dá pelo fato de ser uma base extremamente deprimida, momento em que o índice registrava 71,0 pontos.

O indicador referente à facilidade de acesso ao crédito atingiu 69,6 pontos, elevação de 47,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Na média dos últimos 12 meses, o índice aumentou para 63,2 pontos. Apesar de apresentar resultados menos pessimistas quando comparado a 2018, o item permanece abaixo dos 100 pontos.. Desde abril de 2015 o mesmo não registra valores acima da neutralidade.

Com relação ao momento para consumo de bens duráveis, em junho foram registrados 63,2 pontos, 17,2% mais do que o mesmo período em 2018. Porém, em relação ao mês anterior, a redução foi de 3,2%. A média em 12 meses é de 58,9 pontos, avançando em comparação a maio deste ano. Assim  como o outro indicador, o índice não alcança valores acima da neutralidade desde janeiro de 2015. “O consumo de bens duráveis apresentam atualmente dois pontos desfavoráveis: a percepção de dificuldade de obtenção de crédito e a cautela das famílias diante das incertezas do cenário econômico.”, complementa o presidente da Fecomércio-RS.

O indicador de perspectiva profissional registrou 79,3 pontos, avanço de 12,0% em comparação com o mesmo período do ano passado. Com relação ao mês anterior, a variação foi de 1,8%, enquanto na média em 12 meses, o indicador foi para 72,5 pontos.

Com relação à expectativa de consumo, junho de 2019 alcançou 99,2 pontos, um aumento de 8,9% em comparação ao mesmo mês do ano passado. No entanto, na passagem do último mês, a variação foi de -2,2%. Enquanto isso, a média dos últimos 12 meses é de 94,6 pontos. “Estes resultados apontam que os gaúchos devem manter uma postura conservadora nos próximos meses, o que torna ainda mais importante a aplicação de estratégias mais acuradas de promoção de vendas por parte de lojistas e prestadores de serviços”, finaliza Bohn.


Autor: Redação
Fonte: Assessoria de Comunicação Fecomércio-RS

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