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Embora com menos intensidade, a radiação ultravioleta (UV) ocorre também no inverno e, a longo prazo, pode ocasionar problemas à visão

Engana-se quem acredita que pode dispensar os óculos solares no inverno devido a baixa incidência de sol neste período. A emissão de raios ultravioletas (UV) pode, inclusive, ser maior em dias nublados, conforme aponta o técnico em óptica e optometrista Charles Sutter.

- A principal preocupação é com o efeito acumulativo da radiação que pode ocasionar uma catarata precoce. No entanto, não basta apenas utilizar os óculos com lente escura, é preciso que ela possua filtro de proteção contra os raios UV. Inclusive, a orientação é deixar de usar o acessório quando não há filtro, pois a lente escura dilata a pupila, aumentando a entrada dos feixes de luz nos olhos - comenta Sutter, que também é professor da Associação do Comércio de Joias, Relógios e Óptica do Rio Grande do Sul (Ajorsul).

A proteção contra os raios UV também é necessária em lentes de óculos com lentes corretivas pois, de acordo com o optometrista, muitas lâmpadas emitem, em menor intensidade, a radiação.

Além disso, o frio é propício para o surgimento de algumas doenças visuais que não estão relacionadas ao uso de lentes com proteção. Neste período são comuns a conjuntivite viral, a síndrome do olho seco, a alergia, além de facilitar o surgimento de doenças mais graves como o glaucoma. As patologias podem ocorrer devido ao convívio em ambientes fechados e menos ventilados. Sutter afirma que aos primeiros sinais deve-se procurar um oftalmologista, pois o que começa com uma simples coceira pode transformar-se em uma alergia e gerar uma lesão na córnea.


Autor: Francine Malessa
Fonte: Play Press

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