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Presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch, afirma que a recuperação econômica do país é primordial para diminuir o número de devedores e reaquecer o consumo

Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) relativos a inadimplência no país em maio mostram que a Região Sul registrou queda de 4,85% no número de devedores, na comparação com o mesmo mês de 2016. O indicador confirma a tendência de redução do total de pessoas negativadas que ocorre desde julho do ano passado no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Para a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul - FCDL-RS, esses números representam um avanço, pois além de eliminar pendências financeiras, indicam que a população, ainda que timidamente, ganha fôlego para consumir e reforçar as vendas do varejo.

- Mensalmente observamos um grande esforço dos brasileiros em tentar quitar suas dívidas, mesmo que sua capacidade de pagamento esteja reduzida. Portanto, precisamos que a situação política e econômica do país seja solucionada rapidamente, pois a retomada do crescimento da nossa economia, o que aumentaria emprego e renda, é urgente. Não podemos mais conviver com crises que forçam as pessoas a escolherem que débitos pagarão - afirma o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.

Na avaliação do dirigente o cenário de acomodação da inadimplência não pode ser visto como um fator positivo, mas, sim, como reflexo de um cenário de incertezas na recuperação da economia brasileira. A tomada de crédito por parte dos consumidores, por exemplo, que representava 25,08% do PIB, em abril de 2016, caiu para 24,86% no mesmo mês deste ano.

A Região Sul finalizou o mês de maio com 7,91 milhões de pessoas com restrições ao CPF, enfrentando problemas para contratar empréstimos, financiamentos ou realizar compras parceladas. Isso representa 35,45% da população adulta dos três estados. No país, são 60,1 milhões de inadimplentes.

No que se refere ao total de dívidas por pessoa, no Rio Grande do Sul, Santa Cataria e Paraná a média ficou em 2,240. Os bancos continuam sendo os maiores credores no Sul do Brasil, com 48,06% das pendências, seguidos pelo comércio, com 23,29% do total. O comércio teve, na comparação com o mesmo mês de 2016, uma queda no número de débitos na ordem de quase 9%. 


Autor: César Moraes. Coordenação: Marcelo Matusiak
Fonte: Imprensa FCDL/RS

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