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Presidente da entidade médica, Alfredo Floro Cantalice Neto, lembra que a cidade necessita de leitos

O fechamento do Hospital Municipal Parque Belém é um triste capítulo na história da saúde pública de Porto Alegre (RS), de acordo com o presidente da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), Alfredo Floro Cantalice Neto. O médico ressalta que foram encerrados atendimentos de 200 leitos psiquiátricos, uma área que já carecia de atendimento.

- Vejo com muita tristeza e preocupação o fechamento do hospital, tradicional da zona sul na capital. Tristeza de ver um hospital de tanta relevância para a população local, de um importante segmento populacional da cidade, fechar as portas. Prestou inestimáveis serviços e agora está encerrando suas atividades por falta de recursos, deixando profissionais de saúde sem emprego, mesmo depois de muitos anos de dedicação - destaca Cantalice.

O médico alerta que, em tempos de crise na saúde, o fechamento de um hospital é um desserviço para a população.

- Estou preocupado pelos 200 leitos desativados da ala da psiquiatria. Já temos uma grande carência de leitos nesta área e, com o fechamento do Hospital Parque Belém, a crise irá aumentar bastante. É um hospital com UTI e sala de cirurgia. Em tempos de crise na saúde, fechar um local deste porte é uma temeridade. A AMRIGS espera que a Prefeitura Municipal e a direção do hospital cheguem a um acordo, resolvendo os problemas financeiros, para que o local volte a funcionar e servir à população da zona sul com eficiência e a capacidade dos profissionais que lá trabalham - afirma.

As atividades do hospital foram encerradas na quarta-feira (24/05). Cerca de 50 funcionários foram demitidos.


Autor: Mariana da Rosa
Fonte: Play Press

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