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Entidade diz ainda que números de outubro são satisfatórios e não prevê queda de vendas nos próximos meses

O emplacamento de automóveis e comerciais leves caiu 5,17% em outubro, na comparação com o mês de setembro. A retração, no entanto, não é vista de forma negativa pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), e já era esperada pelo presidente da entidade, Sérgio Reze.

"Os números revelam uma queda, mas ela já era esperada, afinal já entrou em vigor a volta gradativa das alíquotas do IPI e, no mês de setembro, houve uma grande correria por parte dos consumidores às lojas de automóveis, para garantir o carro novo com desconto", afirmou o executivo.

E completou: "mas de forma alguma podemos falar que os números registrados em outubro são negativos. No total, foram emplacados mais de 280 mil veículos, o que nos leva a estimar que fecharemos este ano com 2,8 milhões de carros novos vendidos. Os números são muito positivos. Devemos crescer 8,26% em relação ao ano passado, lembrando que este foi um ano marcado pelos impactos da crise".

Descontos continuam

Sobre a possibilidade dos números caírem ainda mais nos meses de novembro e dezembro, já que neste período as alíquotas do IPI estarão ainda maiores, Reze diz que não a descarta, mas que não aposta nessa queda.

"Um ponto a favor do número positivo de vendas é o fato de muitas lojas e montadoras terem mantido a redução total do IPI. Muitas produziram mais, faturaram os veículos ainda em setembro e estão em condições de manter a redução para os clientes por mais algum tempo", explica.

Reze conta também que a volta das condições do crédito aos níveis pré-crise é outro fator importante para a venda de automóveis. "Só registramos queda nas vendas quando o mercado de crédito ficou muito restrito, com taxas muito altas e prazos muito curtos. Com tudo se normalizando, as vendas também se normalizam. Sempre digo que a venda de carros reflete o humor dos brasileiros e a situação econômica do país. Se eles se sentem confiantes e acreditam que estão fazendo um bom negócio, eles compram".

O otimismo do presidente se estende até 2010. "Para o próximo ano estimo que as vendas cresçam 9% em relação a 2009. Economistas dizem que a economia do País crescerá 5% e eu tenho a convicção de que o setor de automóveis pode crescer mais do que o Brasil, por isso aposto em uma elevação de 9%", finaliza.


Autor: Tabata Pitol Peres
Fonte: InfoMoney

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