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Artigo de Vitor Augusto Koch Presidente da FCDL-RS

É difícil acreditar que existem pessoas que ainda buscam justificar a criminalidade na falta de oportunidades para as pessoas menos favorecidas.

Isto é lorota das brabas. Os dados sobre ocorrências policiais da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul comprovam que o auge da criminalidade gaúcha foi em 2003 e 2004 com, respectivamente, 375 mil e 372 mil registros criminais, ante 329 mil em 2016.

Ou seja, do período de auge até o ano passado tivemos uma queda de 12,3%, o que seria um indicador positivo se não fosse por alguns “poréns”.

Como explicar uma criminalidade maior em um período de crescimento econômico (em 2004 o PIB brasileiro avançou 5,5%) do que na recessão dos últimos dois anos e meio? Simples: o crime e o desempenho da economia não estão diretamente correlacionados.

A verdade é que da década passada para cá, o que melhorou foram os mecanismos de vigilância – mais notadamente as câmaras - que flagram ladrões em ação, inibindo iniciativas do tipo.

Especialmente por conta disto, as ocorrências de furtos caíram 38% entre 2003 e 2016.

A percepção dos comerciantes e da população em geral é que a violência aumentou. E isto é verdade: em 2004 o número de assassinatos no Rio Grande do Sul foi de 1.430 ocorrências, ante 2.791 em 2016: uma alta de 95% exatamente no tipo de ação criminosa que mais deveria ser reprimida.

Não é mera coincidência que o indicador de homicídios e latrocínios começou a disparar a partir de 2005, quando o plebiscito que deu vitória aos defensores da posse de arma às pessoas de bem, o governo federal simplesmente reprimiu este direito democraticamente aprovado.

As forças policiais estão incapazes de nos proteger de forma competente, mesmo com o auxílio das forças nacionais de segurança.

Enquanto isto, os assassinatos continuam covardemente avançando em 2017, sem que as vítimas tenham chance de defesa.

Se quisermos a restauração da ordem em nosso Estado e País, temos de ter a possibilidade de reagir de maneira responsável.

Reafirmo nossa posição favorável de liberar o porte de armas aos brasileiros maiores de 35 anos (cidadania plena, pois já podem ser presidentes da república) sem antecedentes criminais.

Ao mesmo tempo, esperamos uma justiça mais rígida na direção de manter encarcerados aqueles que representam perigo à sociedade.

Vitor Augusto Koch Presidente FCDL-RS


Autor: O autor
Fonte: Vitor Augusto Koch

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