Os produtos das prateleiras dos supermercados do Reino Unido passarão a ser vendidos sem o tradicional prazo de validade. O objetivo da medida é evitar o desperdício de alimentos por parte dos clientes, que jogam comida saudável no lixo e geram um prejuízo de cerca de R$ 32,4 bilhões (£ 12 bilhões) por ano.

Com a mudança, os pacotes deixam de vir virão com inscrições como “usar como” ou “usar de preferência antes de” uma determinada data. As novas determinações estão em um guia publicado pelo Departamento de Assuntos Ambientais, Alimentares e Rurais, que foi elaborado em parceria com a indústria de alimentos, consumidores e entidades reguladoras do Reino Unido.

A data de validade, no entanto, continuará sendo impressa em embalagens de produtos que podem ameaçar a saúde do consumidor depois de uma determinada data. A inscrição “melhor consumir antes de” deve mostrar que o produto não tem a mesma qualidade que possuía até aquele dia, mas ainda pode ser utilizado sem riscos.

A data de validade será mantida para produtos como queijos, peixes defumados e pratos prontos, enquanto biscoitos, geleias, picles, salgadinhos e alimentos enlatados apenas virão com um “melhor consumir antes de”.

Cerca de 5,3 milhões de toneladas de comida ainda comestíveis são jogadas no lixo todos os anos, o que custa cerca de R$ 1.840 (£ 680) às famílias ao ano – ou mais de R$ 135 (£ 50) por ano. Pesquisas mostram que a confusão que o cliente tem com as inscrições sobre a validade é um fator significante para o desperdício.

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, a secretária do Meio Ambiente, Caroline Spelman, afirmou que o objetivo da medida é “acabar com a confusão nos rótulos e deixá-los mais claros em relação à segurança para o consumidor usar um produto”.

O responsável por higiene e microbiologia da agência reguladora dos alimentos do Reino Unido (FSA, na sigla em inglês), Liz Redmond, elogiou a confecção do guia, que vai dar mais proteção ao cliente.

- Esta nova determinação vai conferir maior clareza à indústria de alimentos em relação ao prazo máximo em que um produto pode ser usado, mantendo o consumidor protegido.