O Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (SINEPE/RS) realizou uma pesquisa na última semana com as instituições de ensino privado do RS para avaliar o impacto das enchentes no setor. Das 315 filiadas, 184 (58,41%) responderam – a maioria fica em áreas que sofrem com as cheias.

Do total de instituições que responderam à pesquisa, 26 (14,1%) afirmaram que tiveram a instituição afetada fisicamente com as enchentes da última semana. Das instituições atingidas, 9 são de Porto Alegre, o que representa 34,6% do total. Outras 4 são de Roca Sales (15,3%), 3 de Canoas (11,5%) e 2 de Caxias do Sul (7,7%). Escolas dos municípios de Arroio do Meio, Lajeado, Montenegro, Rio Grande, Rolante, Santa Maria, São Leopoldo e Sapucaia do Sul também estão na lista. Juntas, as 26 instituições atendem cerca de 10,8 mil estudantes.

Segundo o presidente do SINEPE/RS, Oswaldo Dalpiaz, o objetivo do estudo é entender a magnitude do problema no âmbito do ensino privado gaúcho. "Da mesma forma que o sindicato procura sempre estar ao lado das escolas para oferecer ensino de qualidade e equacionar questões de gestão, também é um parceiro para pensar em como sair de situações desafiadoras como a que ora se impõe", frisa.

Entre as instituições que responderam a pesquisa, 80 tiveram atividades normais, enquanto 104 chegaram a suspender as aulas. O presidente do SINEPE/RS explica que o momento é de se organizar para uma retomada gradativa. "Sabemos que não será fácil para algumas instituições – seja pelos danos causados, seja pela situação de ter pessoas abrigadas. Estamos ao lado dos gestores para encontrar as soluções mais adequadas, a fim de continuar atendendo aqueles que necessitam e, ao mesmo tempo, retomar o ensino de qualidade que caracteriza as instituições do ensino privado gaúcho", garante. No final da semana o Sindicato fará nova pesquisa para acompanhar como será a retomada das atividades.

Ainda de acordo com a pesquisa, 29 instituições (15,8% dos respondentes) estão servindo de alojamento para desabrigados pelas enchentes. Cabe ressaltar que muitas das instituições que não estão recebendo abrigados ajudam de outras formas. São centros de recebimento e triagem de doações, cozinhas solidárias e fontes de profissionais ou acadêmicos que atuam voluntariamente no atendimento aos flagelados.

Confira mais alguns dados da pesquisa:

Danos nas instituições:

1 metro ou mais de água – 18 escolas (69,2%)
Até 1 metro de água – 3 escolas (11,5%)
Lâmina de água – 3 escolas (11,5%)
Destelhamento – 2 escolas (7,7%)

Percentual atingido pela inundação no estabelecimento:

100% da instituição – 10 (41,7%)
Até 50% da instituição – 5 (20,8%)
Menos de 50% da instituição – 9 (37,5%)