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Renata Appel – jornalista
   
     
 


22/06/2010

Renata Appel – jornalista
Rita Lee em Porto Alegre – Opus traz novamente a vovó do rock nacional em shows que esquentaram o fim de semana dos namorados (com fotos)

As noites de 11 e 12 de junho no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre, receberam o calor de duas apresentações da vovó do rock nacional: Rita Lee, no show Etc.... Trazida novamente pela Opus Promoções, que tem à frente da imprensa as jornalistas Cátia Tedesco, Andressa Griffante e Mauren Favero, Rita Lee brindou a capital gaúcha com sua aura familiar – seu marido Roberto de Carvalho e filho Beto Lee tocam guitarra e cantam –, e amorosa – ela se derrete de paixão ao declarar seus 34 anos de “namoro” – para esquentar ainda mais o fim de semana dos apaixonados. O público, na faixa etária dos 30 aos 80, começou comportado, todos sentadinhos, para, no fim, levantar-se e curtir o bis de pé.
 
 
 
 
 
 
Rita é taxativa e não recebe imprensa, muito menos fãs – muitas vezes, o artista tem mais bom grado com um fã que com um jornalista, mas, mesmo expressando minha profunda admiração por seu trabalho, ainda assim não convenci para uma palavrinha rápida e um registro fotográfico. No entanto, ela usa o palco como confessionário e, com o público, faz uma terapia, desabafando, contando seus sentimentos e expressando suas opiniões, sempre controversas. Infelizmente, os registros fotográficos ficaram sofríveis graças à posição e à regra de não usar flash. Os pagantes das duas primeiras fileiras fizeram a festa, tirando dezenas de fotos, espocando seus flashes em registros invejáveis. Cheguei a pedir as fotos de um fã que estava sentado ao meu lado, comprometi-me em creditá-las com seu nome, mas... Após dez dias e sem resposta, perdi as esperanças e resolvi fazer a resenha de uma vez e ganhar o internauta mais pelo texto que pelas fotos (no dia seguinte à publicação deste artigo, ele enviou as fotos). Como jornalista, não podia desrespeitar as regras e confesso que “cobicei” os cliques sensacionais que aqueles pagantes faziam: uma Rita Lee que, aos 65 anos, esbanja jovialidade, esbelta, brincalhona, romântica, mãe, esposa, avó, cantora, atriz.
 
 
 
 
 
 
O show foi uma mescla de hits, músicas pouco conhecidas do público, covers e até aparições inesperadas, como um sósia de Michael Jackson, que irrompeu de súbito em plena apresentação cantando e dançando Bad. Uma cópia quase perfeita do falecido rei do pop – até no nariz super esculpido além do limite –, fez o espectador bradar “Michael Jackson não morreu!”, enquanto a figurassa rasgava a camiseta apertada, mostrando ser sósia até no peito liso e branquíssimo.
 
 
 
 
 
 
Rita Lee começou com Agora Só Falta Você, seguida por Pagu, Febre e Buana, para desaparecer do palco e retornar como Gal Costa, usando uma vasta peruca e cantando Baby, que se tornou um pout-pourri de diversos outros covers brasileiros. Na sequência, uma fã se levantou para entregar-lhe um presente, com qual ela se atrapalhou para abrir, divertindo o público com sua irreverência e piadas sobre a idade. A apresentação, de alta qualidade, rica em recursos tecnológicos de áudio e vídeo – uma mesa de som poderosa e telão dinâmico alternando entre clipes psicodélicos e imagens nostálgicas de Rita Lee e a época dos Mutantes – seguiu com a nova Insônia e Atlântida.
 
 
 
 
 
 
A banda, além dos “homens de sua vida”, traz também no baixo Brenno di Napoli; na bateria, Edu Salvitti; nos backing vocais, Débora Reis e Rita Kfouri; e, nos teclados, Danilo Santana – todos, segundo ela, ‘gostosinhos e tesudinhos’. “Roqueiro brasileiro já não tem mais cara de bandido”, declarou, antes de iniciar com sussurros, suspiros e estertores reverberados a música que parece ter feito o público acordar de vez – Doce Vampiro. Os fãs entoaram os últimos versos do hit sensual, que foi seguido por Ovelha Negra. Rita pediu acompanhamento do tímido público, fazendo gestos sinalizando a letra da música, que estava naquele clima intimista, sentadinho, e cantou os trechos baixinho. A jornalista aqui não fez por menos e se puxou, cantou bem alto, sem medo da própria voz.
 
 
 
 
 
 
A cantora, então, passou a relembrar a adolescência, época em que se achava feia e sem graça, e a agradecer pela fase atual: tem há mais de três décadas um namorado “lindo, tesudo, gostoso, cheiroso, cavalheiro, ótimo cozinheiro”, três filhos e a primeira netinha. “Do que vou reclamar? Acho que eu até beijaria a boca do Dunga”, disparou, provocando risos na platéia. E aproveitou para falar das eleições: “O pior está por vir. Eles não sabem o que fazem nunca”, ponderou, emendando: “Ah, mas também eu quero que eles se fodam”, e recebeu uma salva de palmas e de gargalhadas. Se a rainha do rock brasileiro esnoba a imprensa, ao menos nos brinda com muitas pérolas on stage.
 
 
 
 
 
Em Banho de Espuma, bolinhas de sabão invadiram o palco. Em seguida, foi a vez de outro medley com a antiguinha Chega Mais e, finalizando, a clássica Lança-Perfume. Ao se retirar de cena, o público pediu mais, ela apertou mãos, falou com fãs e retornou para o esperado bis executando a tão aguardada Flagra, um par de covers dos Rolling Stones (It’s Only Rock’n’Roll (But I Like It) e Start Me Up) e Erva Venenosa, deixando o público entusiasmado e satisfeito. “Coleciono discos em vinil antigos, principalmente de rock e MPB, e fiquei muito feliz. O show foi muito bom mesmo, excelente”, declarou o policial militar André Baur, 38 anos, que veio de Viamão e fez valer seu ingresso, registrando momentos incríveis da diva do rock nacional com sua câmera (e que depois se esqueceu de me mandar, não é, soldado? =D). A aposentada Cleci Goulart, 70 anos, compartilhou a emoção de ir ao show com a filha, a veterinária Clemara Goulart: “É um clima do meu tempo, de tudo aquilo que eu vivi na juventude e na juventude da minha filha. É algo que nos transporta para o passado. Ela continua a mesma: maravilhosa”. A filha endossa: “É um sonho. Minha mãe me convidou para vir e eu – ‘mas é certo que vou, adoro a Rita!’. Meus filhos também escutaram a vida inteira, porque eu botava o CD no carro, eles ouviam junto comigo e conhecem todas as músicas. Amo Rita Lee. Foi ótimo podermos ter vindo juntas”. E Cleci completa: “É uma realização nossa”. O advogado Francisco Miranda, 62 anos, achou a apresentação “sensacional” – “Muita luz, muito som... Um show espetacular”, entusiasmou-se. Seu amigo, o administrador Julio Freiberger, 52 anos, veio do Interior para prestigiar a cantora: “Achei ótimo! Valeu a pena”.
 
 
 

Confira a agenda cultural da Opus Promoções aqui.

Fonte: Consumidor RS
Autor: Renata Appel/Fotos: Renata Appel e André Baur
Revisão e edição: Renata Appel

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