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Portáteis ganham a preferência do usuário brasileiro
   
     
 


07/06/2010

Portáteis ganham a preferência do usuário brasileiro
O consumidor que comprou um computador novo nos primeiros três meses deste ano pagou 5% a menos pelo equipamento em relação a quem fez a aquisição no começo de 2009

A economia foi maior ainda para quem apostou em portáteis (notebooks e netbooks), cuja redução de preços chegou a 19%, segundo levantamento da GfK Retail and Technology. Para os computadores de mesa (desktops) a queda de preço foi de apenas 2%.

O movimento é um reflexo da mudança nos hábitos de consumo dos brasileiros, que estão preferindo os equipamentos portáteis aos de mesa. De acordo com a GfK, entre janeiro e março as vendas de computadores subiram 14% em relação a igual período do ano passado. Mais da metade das 1,8 milhão unidades vendidas aos consumidores foram de notebooks e netbooks. O número não leva em conta as compras feitas pelo governo e empresas.

A queda de preços também revela outra tendência: o brasileiro está procurando cada vez mais os hipermercados, supermercados e lojas de departamento para comprar um computador novo. Segundo a GfK, no primeiro trimestre de 2010 praticamente um em cada quatro equipamentos saiu das prateleiras de lojas como Walmart, Carrefour e Lojas Americanas.

Com mais capacidade de negociação de preço devido às compras em grandes volumes, as redes estão forçando a redução de preço dos computadores, segundo Alex Ivanov, gerente de negócios da GfK. "Este é hoje o canal de venda mais agressivo. Um notebook custa, em média, 10% mais barato [nesse canal] quando comparado à média do mercado", diz o especialista.

As condições de pagamento facilitadas reforçam o papel do segmento na preferência do consumidor. Na comparação entre o primeiro trimestre deste ano e igual período de 2009, os hipermercados, supermercados e lojas de departamento ganharam seis pontos percentuais de participação nas vendas de computadores, passando de 17% para 23% do total.

O avanço vem acontecendo sobre as lojas de informática, cuja participação nas vendas do mercado passaram de 41% para 33% na comparação trimestral. Foram atingidas especialmente as lojas que trabalham com equipamentos montados, que não têm a marca de um fabricante como Hewlett-Packard (HP), Positivo e Dell.

"Os varejistas descobriram os equipamentos portáteis", diz Wilien Puccinelli, gerente da linha de computadores portáteis Vaio, da Sony. A empresa, que começou a vender computadores no Extra em 2009, pretende ampliar sua presença para outras redes em 2010. "A visibilidade é muito importante para atingirmos a meta de dobrar as vendas este ano", diz Puccinelli.

Os fabricantes precisam ser ágeis para acompanhar a movimentação das grandes redes e tomar decisões para não perder negócios. Celso Previdelli, diretor comercial da área de informática da LG, diz que houve ocasiões em que a companhia passou um mês sem vender equipamentos numa rede de varejo e decidiu concentrar suas vendas em outra. "Somos uma multinacional e temos metas que estão atreladas à matriz. Não há tanto espaço para negociação", afirma o executivo. Previdelli acredita, no entanto, que essas situações tendem a ficar mais raras na medida em que o mercado varejista se acomoda.

Voltada exclusivamente à produção de equipamentos portáteis, a LG tem 85% de suas vendas no balcão das redes de varejo e apenas 15% com revendas especializadas. No ano passado, a empresa atingiu margem de lucro líquido superior a 10%, diz Previdelli. O resultado é considerado importante para um setor acostumado com taxas de lucro na faixa de 5% a 7%.

De acordo com Germano Coury, diretor comercial da Megaware, a conta fecha para os fabricantes porque a queda de preços é compensada pelo aumento no número de unidades vendidas. A marca está presente em lojas do Grupo Pão de Açúcar, Walmart e Carrefour, além de supermercados regionais em alguns estados. Para Coury, as redes continuarão a aumentar sua participação nas vendas de computadores, mas não chegarão a tomar a liderança das lojas especializadas em produtos eletrônicos, que foram responsáveis por 44% da comercialização do setor nos primeiros três meses de 2010.

Os números da GfK mostram que em alguns momentos pode haver alternância no topo. Em março, no segmento de netbooks, os hipermercados, supermercados e lojas de departamento responderam por 34% das vendas no Brasil, garantindo a liderança no segmento. Ivanov admite, no entanto, que o cenário é incomum no mercado de tecnologia.

Na avaliação de Puccinelli um dos desafios para as lojas de varejo é preparar melhor os vendedores e não depender do preço como argumento para atrair os consumidores. "O mercado é novo e está se especializando", diz o executivo.

Fonte: Valor Econômico
Autor: Gustavo Brigatto e André Borges
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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