O evento Doing Business in Brazil, realizado em Londres no dia 4 de junho e organizado pela Apex-Brasil, em parceria com o Financial Times, apresentou a investidores do Reino Unido o Brasil como ambiente propício para negócios e investimentos internacionais. Os benefícios da diversificação dos investimentos em setores não tradicionais como semicondutores e private equity & venture capital também estiveram na pauta.
A Conferência mostrou o Brasil como um país estratégico para investimentos estrangeiros diretos e forneceu a mais de 130 investidores informações sobre a macroeconomia brasileira e sobre oportunidades em diversos setores. O evento destacou ainda a atual situação do país queé a nona maior economia do mundo, a maior da América do Sul e com indicação de ser a quinta potência econômica do planeta nos próximos anos, segundo consultorias econômicas de todo o mundo.
O potencial brasileiro para receber investimentos do Reino Unido foi debatido em um painel com a participação de representantes do BNDES, da United Kingdom Trade & Investment (UKTI) e da PricewaterhouseCoopers. "O Brasil está em nosso foco porque é um país grande e um mercado que não pode ser ignorado pelos investidores", disse o diretor da UKTI, Nicholas Armour, que destacou ainda a importância dos investidores ingleses estarem no mercado brasileiro e sul-americano. "Nossos principais competidores na Europa, Alemanha, França e Itália estão tendo bons resultados no mercado brasileiro, e deveríamos estar também. Organizações como a Apex-Brasil e a UKTI podem ajudar nossos investidores a conhecer o mercado e fazer do Brasil o destino de seus investimentos", completou.
A diretora da PricewaterhouseCoopers, Yael Seltin, ressaltou que o crescimento da classe média no Brasil é um dos pontos importantes a serem considerados pelos investidores: "Há uma determinação do governo brasileiro em ver o país crescer e há grandes oportunidades em setores como infraestrutura, equipamentos e produtos médicos e farmacêuticos, por exemplo". Seltin destacou ainda a importância em saber em que o Brasil está crescendo, e que o investidor deve ficar atento a nichos específicos do mercado.
O responsável pelo escritório do BNDES em Londres, Jaime Gornsztein, destacou alguns dos setores mais atraentes no Brasil: "Os setores de infraestrutura, geração de energia, transportes e petróleo e gás estão em crescimento no país e requerem investimento e tecnologia, que podem representar oportunidades para o Reino Unido". Gornsztein ressaltou que há recursos de financiamento também para setores não tradicionais como o de semicondutores. "O setor de TI também é interessante, pois o Brasil possui tecnologias avançadas usadas nas eleições e na declaração de renda, por exemplo, que podem ser trazidas ao Reino Unido, por meio de joint ventures ou outras parcerias entre empresas e investidores brasileiros e ingleses", complementou.
A editora da FDI magazine, Courtney Finger, destacou que o Brasil pode ser também uma plataforma para se alcançar os mercados da América Latina: "O Brasil já ocupa uma posição estratégica do ponto de vista regional e global e tem oportunidades de negócios a oferecer ao mundo. Esse evento foi importante para aumentar o interesse dos investidores do Reino Unido e possibilitar um maior conhecimento sobre o país".
A gerente de investimentos da Apex-Brasil, Márcia Nejaim, apresentou um panorama sobre a macroeconomia brasileira e o clima de investimentos no país, apontando oportunidades em setores como energia, petróleo e gás, tecnologia, indústria de informática e comunicação, setor imobiliário, automotivo, aeroespacial, entre outros: "O Brasil está em uma posição estratégica e sustentável, há mais empregos, um grande mercado interno e uma indústria desenvolvida. O país está preparado para enfrentar desafios e receber investidores dos mais diversos setores, inclusive dos menos tradicionais como os de semicondutores e private equity & venture capital". Márcia complementou dizendo que o Brasil "também vem sendo incluído nas estratégias de pesquisa e desenvolvimento de diversas multinacionais".
Sessões paralelas apresentaram detalhes sobre setores que oferecem oportunidades, com informações sobre o mercado brasileiro, programas governamentais, legislação e alguns estudos de caso.
O evento teve ainda a participação de representantes do Ministério de Ciência e Tecnologia, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, da ABDI e da Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital.