A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) estuda um novo modelo de reajuste para os planos de saúde, a ser adotado a partir de 2011.

“Não temos uma posição fechada. Buscamos uma alternativa baseada na eficiência”, afirmou o diretor de Normas e Habilitação de Produtos, Alfredo Cardoso.

A agência reguladora vê a necessidade de um índice que contemple a heterogeneidade do mercado e que esteja associado à qualidade do serviço prestado ao consumidor.

Na última terça-feira (1º), a ANS promoveu uma reunião para tratar do assunto, que contou com a presença do Procon-SP e do Idec, representantes das operadoras, de prestadores de serviço e demais partes atuantes do setor. Uma segunda reunião está marcada para agosto.

Reajuste

A metodologia de reajuste usada pela ANS para planos individuais é a mesma desde 2001, baseada na estatística daquele aplicado em planos coletivos. A ideia é que os planos individuais também se beneficiem da capacidade de negociação dos contratados entre duas pessoas jurídicas.

O cálculo considera comunicados de reajustes de mais de 50 beneficiários em planos coletivos que, segundo a legislação, não estão sujeitos a carência, o que aumenta suas condições de mobilidade e o seu poder de negociação frente à operadora.

No ano passado, o teto de reajuste dos planos individuais/familiares novos (contratados após a Lei 9.656/98) ficou em 6,76%, o que afetou 6,5 milhões de consumidores.

Em 2010

Para este ano, a ANS já deveria ter divulgado o reajuste dos planos de saúde individuais, o que deve ser feito nos próximos dias, de acordo com a assessoria de imprensa da agência.

Como os boletos de junho já estão prontos, os segurados que têm maio como período de aumento terão um reajuste retroativo na cobrança de julho, o que fará com que o valor venha mais alto do que o previsto.