Hoje começaram as aulas para os cinco milhões de alunos da rede estadual de ensino. A expectativa dos alunos e professores é para discutir o que a escola pode cobrar e o que não pode e se os pais são obrigados a contribuir com dinheiro ou materiais.

Manhã escura e com chuva, para começar o primeiro dia de aula. Na escola Fernão Dias Paes, em Pinheiros, começam a chegar os 1.900 alunos de quinta série em diante. A maioria ainda sem uniforme e muitos estreantes na escola, mas que já tiveram contato com a associação de pais e mestres.

“Pediram 25 reais para a APM, mas eu não dei”, conta Luci de Oliveira, dona de casa.

“Quem fez matrícula foi minha esposa, mas acho que tem alguma contribuição, sim, algo simbólico, uns 10 reais”, acredita José Aparecido Prudêncio, taxista.

“Eles pedem o que você puder ajudar, aí eu dei 10 reais”, conta outra mãe.

O uniforme, que é uma camiseta, é vendido a R$ 18 para quem pode pagar, ou doado.

“Nos primeiros dias você pode vir com camiseta normal, depois eles pedem uniforme”, conta Sara Valentina, aluna.

A carteirinha é gratuita e serve para entrar e sair da escola. Será entregue a partir de março.

“Ela é cobrada se você perder, aí tem que tirar a segunda via. Acho que custa 7 reais”, diz Morgana Jesus, aluna.

Na entrada da escola estava a pilha de material para entregar. As apostilas que devem ser distribuídas no primeiro bimestre e os kits para os alunos usarem durante o ano todo.

Além da mochila para o ensino fundamental, a caixa tem três cadernos universitários, um de desenho, tesoura, cola, régua, apontador, borracha, lápis, caneta e lápis de cor. Para o ensino médio, a caixa tem um caderno, um lápis e uma caneta a mais.

Assim que os alunos se acomodaram na sala, os professores passaram a distribuir o material.

“Dá pra durar o ano inteiro, a capa é dura, a outra era mole, molhava”, diz um dos meninos.

“Muito bom ainda mais que tem caderno reciclável, do jeito que está o meio ambiente, a gente tem que pensar bem”, diz a aluna.

Veja o vídeo com a entrevista de Paulo Renato Souza, secretário estadual da Educação.

Se você flagrar algum desrespeito ou cobrança indevida, deve procurar a direção da escola. Se não resolver, pode pedir ajuda à diretoria de ensino.