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Procura por plano odontológico cresce 500% em oito anos
   
     
 


18/02/2010

Procura por plano odontológico cresce 500% em oito anos
Dados da ANS são referentes ao período entre dezembro de 2000 e março de 2009

A procura por planos odontológicos disparou nos últimos oito anos. De acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a comercialização de planos individuais cresceu mais de 500% entre dezembro de 2000 e março de 2009. Contudo, a maioria dos pacotes dentários cobre apenas procedimentos básicos. Por isso, é preciso fazer as contas dos gastos anuais com dentista para verificar se há vantagem na contratação.

– O consumidor deve avaliar quanto gasta com consultas e procedimentos e comparar com o preço dos planos, além de avaliar as coberturas oferecidas – ensina a técnica da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), Gisele Rodrigues.

Próteses e implantes

A maioria dos planos, segundo pesquisa feita pela Pro Teste em agosto de 2009, deixa de fora próteses e implantes dentários, considerados estéticos, e radiografias panorâmicas e extraorais. Aparelhos ortodônticos e sua manutenção também não são cobertos por muito planos

A publicitária Ana Paula Teixeira, de 32 anos, costuma gastar entre R$ 250 e R$ 300 por ano com consultas de rotina e limpeza. Um plano odontológico que custa em média R$ 30 por mês, ou R$ 360 ao ano, para ela não valeria a pena.

– No ano passado, no entanto, acabei gastando R$ 1.000, porque tirei dois cisos – lembra Ana Paula. Neste caso, ela teria feito uma economia de pelo menos R$ 520 se tivesse um plano de R$ 40 por mês – um dos mais caros do mercado.

Advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Juliana Ferreira ressalta que o consumidor não deve se deixar levar só pelo preço. “Alguns planos são baratos, mas não têm uma boa rede. O mais importante, portanto, é avaliar a melhor relação custo-benefício. Uma dica é consultar amigos que têm planos odontológicos e estão satisfeitos”, destaca.

A diferença entre os preços pode passar de 400% para um mesmo tipo de plano, segundo pesquisa da Proteste. Os pacotes individuais disponíveis no Rio de Janeiro variam de R$ 12,16 a R$ 40. É possível ainda fazer planos familiares, que podem custar entre R$ 59,70 e R$ 114 para três pessoas (mínimo exigido).

Rede credenciada

A professora Waleria Santos se arrependeu de contratar o plano odontológico ao constatar que a rede credenciada é reduzida. “Várias vezes bati com a cara na porta porque chegava nos lugares e não atendiam mais o plano” contou Waleria, que citou ainda a demora para a autorização.

O consumidor também deve ficar atento aos prazos de carência. Em geral, são 30 dias para exames e consultas. Para poder fazer canal, por exemplo, costuma levar 120 dias.

A empresária Terezinha Luna, de 83 anos, tem plano dental da Unimed e, mesmo assim, gastou mais de R$ 40 mil no ano passado. “Estou fazendo implantes e meu plano não cobre. Acabo fazendo tudo com a mesma dentista e quase não uso o plano, que é junto com o de saúde e acabo me esquecendo de cancelar”, conta.

O consumidor deve verificar ainda os dentistas credenciados ao plano e se há consultórios próximos da residência, trabalho ou em local de fácil acesso. “É preciso solicitar a cópia do contrato. Negociações devem ser registradas. Se não estiver no contrato, pode ser escrito à caneta mesmo”, explica Juliana, do Idec. As operadoras de planos de saúde devem estar registradas no site da ANS (www.ans.gov.br).

Empresas oferecem a mesma cobertura, segundo a Pro Teste

Os planos odontológicos podem ser vinculados aos planos de saúde, como um serviço adicional. É o caso da Amil, Assim e Unimed Rio. Mas também é possível contratá-lo com uma empresa independente. A contratação deve ser intermediada por um corretor registrado na Superintendência de Seguros Privados (Susep). Ele pode simular o plano em diversas operadoras, de acordo com as necessidades do consumidor.

No ano passado, a Pro Teste avaliou 11 planos odontológicos das dez maiores empresas do ramo e nenhum deles chegou a ter uma avaliação muito boa. O Unimed Dental, somente para beneficiários do plano de saúde da Unimed Rio, foi considerado o melhor do teste, mas a entidade não chegou a eleger a escolha certa, como costuma fazer.

– Não encontramos muitas diferenças entre os planos, já que as coberturas oferecidas por eles são basicamente as impostas pela ANS – explica a técnica Gisele Rodrigues, da Pro Teste.

Também foram avaliados: Odonto Empresa; Uniodonto, de São Paulo; Dental Plan; Assim; Amil; Odonto System; e planos de Campinas e do Nordeste. Foram consideradas exclusões, abrangência territorial, carências, autorização de exames, reembolso, taxa de co-participação, franquia e coberturas.

Prazo de carência superior a 30 dias para consultas e exames, e a 120 dias para canal, além da ausência de procedimentos mais complexos pesaram negativamente na análise. Operadoras que exigem autorização antes de quaisquer procedimentos também foram mal avaliadas.

Hora marcada

No quesito reembolso, nenhuma operadora oferece o benefício caso o usuário queira ir a um dentista não credenciado. Gisele lembra da exigência de alguns planos de pagamento se o consumidor não comparecer à consulta. “Por isso, se não puder comparecer no dia marcado, ligue para o consultório com antecedência para desmarcar”.

De acordo com a Pro Teste, a maioria dos planos oferece cobertura integral dos procedimentos incluídos. Ou seja, não é preciso pagar nenhuma parte do valor de consultas e tratamentos. Na avaliação da rede credenciada e número de procedimentos cobertos, no entanto, nenhum plano foi muito bem na pesquisa.

Fonte: JB Online
Autor: Adriana Diniz
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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