Comentário do presidente:
"A decisão do Copom veio dentro do esperado, uma vez que o comitê já havia anunciado uma redução no ritmo de alta. Com a taxa Selic em 14,75% a.a., o Brasil alcançou o nível de taxa de juros nominal mais alto desde julho de 2006. Em termos reais, o valor também é historicamente elevado. Embora, atualmente, as principais variáveis nas discussões da trajetória da política monetária estejam vinculadas à conjuntura externa, especialmente à americana, não podemos esquecer que a nossa conjuntura interna contratou taxas de juros estruturalmente elevadas. Os juros de curto prazo estão altos em virtude de um desequilíbrio fiscal que alimenta a inflação, mesmo com um cenário de desaceleração da atividade econômica global e de perda de valor do dólar. Se não endereçarmos medidas que reparem o cenário fiscal, permaneceremos com juros estruturalmente elevados por um longo período, o que, certamente, penaliza a atividade produtiva e compromete a saúde financeira de famílias e empresas."