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Brasil sobe em ranking mundial de registro de patentes
   
     
 


17/02/2010

Brasil sobe em ranking mundial de registro de patentes
Resultado é, entretanto, abaixo do esperado

Dados divulgados pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI) apontam que os países emergentes aumentaram o número de registros de patentes registradas em 2009, mas ainda estão longe de se tornarem referência no assunto. Um exemplo é que, em plena recessão registrada no ano passado, a Toyota sozinha registrou no mercado internacional mais de mil patentes. No mesmo ano, todas as empresas brasileiras reunidas não conseguiram registrar pelo sistema internacional nem metade desse volume.

De 2005 a 2009, o Brasil subiu da 27ª posição no ranking de países que mais registram patentes para a 24ª colocação. Nesse período, o país praticamente dobrou o número de patentes de empresas nacionais registradas no mundo. Mas a constatação é que ainda representa apenas uma fração das inovações registradas pelo setor privado e entidades de pesquisa no planeta. No ano passado, o Brasil era responsável por apenas 0,3% das patentes internacionais registradas.

De acordo com o gerente comercial do grupo Marpa – Marcas, Patentes e Inovações, João Fernando Moreira Júnior, isso ocorre porque ainda não existe no Brasil uma cultura voltada para o registro de patentes e para a proteção da propriedade intelectual. “Muitas vezes o empresário ou o inventor desconhecem os benefícios da proteção e não imaginam o valor intangível dos seus inventos, que inclusive podem ter um valor comercial expressivo e podem também servir como parte das garantias para financiamentos junto aos agentes financeiros”, afirma.

Além disso, segundo Moreira, outros dois fatores contribuem para o baixo índice de registros de patentes no Brasil: o prazo excessivo para a concessão do registro e o combate incipiente à pirataria, o que desestimula os empresários e inventores a buscarem esta proteção. Apesar do crescimento registrado, o Brasil ainda está distante de outras economias. Só a China registrou no ano passado mais de 7,9 mil patentes e já superou França e Reino Unido em inovação. Hoje, a China é a quinta economia mais inovadora do mundo.

O registro de patentes é considerado como um índice do desenvolvimento tecnológico e de pesquisa dos países. A maior responsável por patentes no Brasil em 2009 foi a Whirlpool, com 31 pedidos de patentes e a 565ª maior do mundo. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) é a 858ª maior responsável por patentes no mundo em 2009, com 20 pedidos. Elas são as duas únicas representantes brasileiras entre as mil empresas e instituições que mais registram patentes.

Moreira revela que as entidades do setor precisam se unir para divulgar e conscientizar a sociedade para os benefícios da proteção da propriedade industrial e intelectual, o que inclusive pode alavancar negócios e o surgimento de novas empresas, e também divulgar e conscientizar a sociedade com maior intensidade para os malefícios da pirataria. Além disso, é oportuno o surgimento de políticas públicas que incentivem as empresas ao registro de patentes. “Fala-se muito hoje em incentivo à inovação, em desenvolvimento de projetos com base tecnológica, mas precisamos inserir nesta pauta a proteção da propriedade industrial e intelectual”, conclui.

Fonte: Eliana Camejo
Autor: Mariana Caldieraro
Revisão e edição: Bruna Passos Amaral

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