Sem surpresas, o COPOM cortou mais uma vez a Selic em 0,50 p.p., cumprindo o anúncio realizado na última reunião. O cenário externo reduziu a incerteza, especialmente depois de mudanças nas expectativas na magnitude e na temporalidade dos cortes de juros nos EUA. No cenário interno, a atividade segue desacelerando e a inflação, apesar de uma ligeira piora qualitativa recente, vem se comportando de acordo com o esperado. O equilíbrio das contas públicas, porém, continua sendo o principal desafio brasileiro. E como sabemos que taxas de juros estruturalmente mais baixas somente são viabilizadas com equilíbrio fiscal como premissa, a falta de compromisso fiscal representa mais um custo à sociedade brasileira.