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Consumo de gás aumenta, mas e a segurança?
   
     
 


23/05/2022

Consumo de gás aumenta, mas e a segurança?
Artigo de Weber Carvalho, engenheiro civil e diretor técnico da Projelet

Nosso consumo de gás aumentou muito em 2021. O Brasil consumiu no ano passado nada menos que 76 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Para se ter ideia, em 2020 o consumo diário foi de “apenas” 59 milhões / dia, o que significa que houve um aumento de 28,8% na demanda. O levantamento é da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). A maior parte desse gás foi para a indústria, que expandiu o consumo em 15,4%, aumentando sua participação de uso em quase 40%.

A produção absorvida pelo comércio saltou 15,5%, ao passo que o consumo residencial teve elevação de 2,7%. E isso, em particular, serve de alerta, porque o fluxo maior de gás nos lares e comércios brasileiros exige também mais segurança nas estruturas dos novos empreendimentos imobiliários. E é claro que isto vai muito além de pensar num lugarzinho embaixo da pia pra colocar o botijão de gás.

A maioria das residências pode até restringir o uso do gás somente na cozinha, mas em muitas casas ele também é usado para aquecer o chuveiro e a própria casa com o uso de um sistema de calefação. Por isso, está longe de ser um exagero afirmar que um projeto residencial estabelece em parte como será o cotidiano dos seus futuros moradores. Na mesma via, é importante entender o máximo possível o perfil dos proprietários para que a arquitetura seja projetada em cima de suas predileções.

No caso do gás, isso passa por determinar quais serão os pontos da casa onde haverá consumo. A partir dessas informações, passa a ser necessário pensar na fonte de abastecimento e nos dutos que conduzirão o gás até cada saída. Isso consiste em projetar também as tubulações, os reguladores de pressão, os locais de ventilação, entre outros itens obrigatórios para esse tipo de fonte de energia.

Outra decisão importante na implementação do sistema passa pela escolha dos materiais. Há muitas opções no mercado no que se refere à tubulação, por exemplo, como a liga de alumínio, o cobre e o aço inoxidável. Uma alternativa barata e mais recente também é o PEX, sigla de polietileno reticulado, que oferece mais flexibilidade (reduzindo a necessidade de conexões) e que pode ser usado para conduzir água quente e fria, sendo uma opção interessante para alimentar o sistema de água, de ar condicionado e de gás.

O principal foco na instalação do sistema deve ser na eliminação de qualquer risco de vazamento. Mas as normas relativas ao sistema de gás, seja ele residencial, comercial ou industrial, atuam tanto na prevenção quanto na necessidade de remediação. Neste ponto, a estrutura precisa ter adequações que permitam que o vazamento seja rapidamente identificado, evitando assim que se expanda para riscos potenciais. Alguns dos cuidados nesse sentido envolvem a ventilação, os níveis de proteção, as distâncias entre diferentes materiais, válvulas de bloqueio automático, localização de dispositivos, entre outros.

Isso passa pelo cumprimento de regimentos bastante rigorosos, que no caso do uso do gás em ambientes residenciais estão prescritos na NBR 15526, enquanto os ambientes comerciais e industriais são contemplados na NBR 15358. Vale mencionar ainda a NBR 13103, que trata mais especificamente dos aparelhos a gás, e não do sistema em si.

Portanto, há um universo de orientações e recursos para uma instalação segura. Mas nunca é demais dizer que essa instalação deve ser feita por profissionais adequados, que reúnem experiência e expertise para lidar com os riscos que um projeto dessa natureza exige. Mais do que o consumo inteligente, a segurança deve estar à frente do planejamento.

Fonte: Jussara Naves - s Coelho Comunicação
Autor: O autor
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte
Autor da foto: Divulgação


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