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I Fórum Gaúcho de Asma e Asma Grave alerta para a necessidade de conscientização e tratamento
   
     
 


15/07/2019

I Fórum Gaúcho de Asma e Asma Grave alerta para a necessidade de conscientização e tratamento
Evento no Hospital Moinhos de Vento reuniu especialistas e portadores da doença que mata 6 brasileiros por dia

Aproximadamente 20 milhões de brasileiros sofrem com a asma. A doença crônica que afeta as vias respiratórias é a mais comum no país, ocasionando seis mortes por dia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 10% dos portadores enfrentam a forma grave da enfermidade, que não está controlada entre 60% e 90% dos casos. 

Isadora Lottici, 15 anos, convive com a doença desde o primeiro mês de vida, quando foi diagnosticada. Até os oito anos, ela chegava a ser internada sete vezes por ano. “Foi uma luta de muitos desafios. De dias correndo para o hospital em busca de socorro para minha filha. Por isso, todos precisam saber que existe prevenção, que há tratamento. Quem tem asma pode mudar sua trajetória de vida”, contou a mãe, Tanara Lottici. 

Ela atribui a qualidade de vida que a filha tem agora ao tratamento adequado que recebeu. “Hoje eu posso fazer atividades físicas com meus colegas. Minha vida mudou muito com o tratamento”, comemorou a menina. 

Junto com os pais Everton e Tanara, Isadora participou do I Fórum Gaúcho de Asma e Asma Grave, realizado no sábado (13), no Anfiteatro Schwester Hilda Sturm, do Hospital Moinhos de Vento. Para completar o dia especial, a torcedora gremista teve a surpresa de ganhar das mãos do jogador do Grêmio, Rafael Galhardo, uma camisa autografada. 

Doença silenciosa e negligenciada 

O I Fórum Gaúcho de Asma e Asma Grave reuniu profissionais de saúde e pessoas que convivem com a condição. A programação, realizada pela Associação Crônicos do Dia a Dia (CDD), tratou do cenário atual, perspectivas de tratamento e políticas públicas sustentáveis. 

Paulo Pitrez ressaltou que a asma é uma doença silenciosa e negligenciada muitas vezes pelos próprios pacientes. “A maioria se acostuma com a asma, tolerando os sintomas, crises, e limitações, sem buscar ajuda e tratamento, convivendo silenciosamente com a doença. Além disso, no Brasil, o acesso aos tratamentos de mais alto custo é muito complicado. Por isto, é preciso ouvir mais os portadores da asma e dar-lhes voz”, esclareceu o pneumologista pediátrico e pesquisador. 

Dados publicados por um estudo da equipe de Pitrez com a participação de 2.500 alunos de escolas públicas de Porto Alegre mostraram que 20% das crianças são asmáticas, metade não tem a doença controlada, somente 30% tem medicação preventiva prescrita, e 8% foram hospitalizadas nos últimos 12 meses por causa da doença. Membro fundador e Presidente do Grupo Brasileiro de Asma Grave (Grupo BraSA), ele destaca que eventos como este são essenciais para chamar a atenção da doença e unir os pacientes em defesa de maior acesso a atendimento especializado e novos tratamentos. 

Conscientização 

O diretor-geral da CDD, Gustavo San Martin, abordou a importância da associação para a discussão do tema. “Criamos a associação a partir de ciclos de conversas com pessoas portadoras da asma, com base também no entendimento de que elas precisam saber como controlar as próprias crises e viver melhor com a doença crônica. Realizar essa primeira edição no RS é fundamental para expandir o diálogo”, explicou San Martin. A instituição tem a missão de ajudar quem convive com doenças crônicas a ter uma vida com mais qualidade, através da informação. 

Mais qualidade de vida 

A palestra do pneumologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Rafael Stelmach, apontou que a asma não se concentra apenas em adultos, sendo possível diagnosticar em crianças pequenas. “O objetivo é além de controlá-la, mostrar ao paciente que ele não pode abandonar o tratamento mesmo quando se sentir bem. A qualidade de vida é a grande finalidade”, explicou Stelmach. 

O pneumologista também apresentou números positivos quando o paciente está conscientizado sobre a enfermidade. Em Minas Gerais, por exemplo, a implementação do programa Criança que Chia mostrou uma redução de hospitalizações próxima a 40%. 

Fonte: Moinhos Critério
Autor: Redação
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte
Autor da foto: Leonardo Lenskij


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