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Dois pesos e várias medidas
   
     
 


20/03/2018

Dois pesos e várias medidas
Artigo de Bady Curi Neto, advogado fundador do Escritório Bady Curi Advocacia Empresarial, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG)

Gostaria, inicialmente, de esclarecer que não conheço pessoalmente a Desembargadora do Rio de Janeiro, Marília de Castro Neves, apesar de ser amigo virtual nas redes sociais, como de tantas outras pessoas com quem não tenho a menor convivência particular.

A Desembargadora tem sido alvo da imprensa e da própria rede social, em razão de uma postagem que compartilhou de notícias a respeito da vereadora do PSOL, Marielle Franco, assassinada a tiros na violenta cidade do Rio de Janeiro. Na oportunidade, Marília postou como mulher e cidadã brasileira, desvestida da toga de seu cargo e, segundo ela, replicou uma informação falsa a respeito da vereadora, na qual dizia, entre outras coisas que ela “estava engajada com bandidos”.

 O fato, realmente falso, que circulou por todas as redes sociais, por diversas pessoas, tomou uma proporção geométrica, o que levou Marília a fazer sua minha culpa, declarando o seguinte em sua rede social:

“No afã de defender as instituições policiais, a meu ver injustamente atacadas, repassei de forma precipitada, notícias que circulavam nas redes sociais. 
A conduta mais ponderada seria a de esperar o término das investigações, para então, ainda na condição de cidadã, opinar ou não sobre o tema.
Reitero minha confiança nas instituições policiais, esperando, como cidadã, que este bárbaro crime seja desvendado o mais rápido possível.
Independentemente do que se conclua das investigações, a morte trágica de um ser humano é algo que se deve lamentar e seus algozes merecem o absoluto rigor da lei.”

Mesmo se desculpando e não sendo a preceptora da notícia, entre tantas outras falsas que circulou, sua postagem repercutiu na imprensa como se Marília tivesse utilizado do seu cargo para retransmitir a falsa notícia, tornando-a o algoz da vereadora e não seus assassinos. 

Por óbvio, não estou a dizer que não devemos redobrar os cuidados com as informações das redes sociais, tendo em vista a quantidade de fake news que circulam, transformando a mentira em verdade. Mas a publicidade dada no caso de Marília é desproporcional ao seu equívoco, tendo em vista a quantidade de notícias falsas que circulavam por milhares de pessoas em suas redes sociais.

A esquerda, imediatamente, tomou providências, fazendo declarações contra Marília: o PSOL denunciou o caso ao Conselho Nacional de Justiça.

Na realidade, sem pretender fazer o papel de defensor, Marília de Castro, como dito, utilizou seu perfil como cidadã e não como Desembargadora, como se uma pessoa lotada no Poder Judiciário fosse Santo e, portanto, insuscetível de erros. Se ela, como pessoa natural, trouxe algum prejuízo à família da vítima, que tome as providências necessárias para ressarci-la. 

O título deste artigo é em razão dos ataques que alguns Senadores e Deputados da esquerda têm feito ao poder judiciário, inclusive à pessoa do juiz Sérgio Moro, com ofensas diretas a sua honra e dignidade pessoal em sua firme atuação contra corruptos e não vemos a mesma repercussão.  É de se perguntar: quais os pesos e medidas adotados pela esquerda? Será que a preocupação é contra a postagem da cidadã Marília ou um ataque a seu cargo? Pelo que vimos, a balança está desequilibrada.  

Fonte: Rose Leoni
Autor: O autor
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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