Sem dúvida que o fato de que as denúncias contra o Presidente Michel Temer tiveram o objetivo de aumentar a instabilidade do Brasil.
São as tais das “manobras políticas” daqueles que fazem do País um parque de manipulações e deboches da população, sem contar os roubos de recursos pagos por trabalhadores, empresários, profissionais liberais e aposentados através dos impostos.
Mesmo querendo acreditar que as citadas acusações tenham sido originadas de manipulação de gravações, o fato é que a situação em questão deixou espaço de sobra para necessidades de esclarecimentos.
Se isto não acontecer, teremos mais um Presidente da República sem legitimidade para ocupar tal posto.
Somos favoráveis à abertura do processo de impeachment de Michel Temer, para que ele possa se defender adequadamente e buscar sua absolvição.
Isto deve acontecer a partir de uma condição básica: o Brasil não pode parar.
Devemos saber diferenciar a politicagem da política.
Nosso país deve provar agora que suas instituições são fortes o suficiente para seguir seu caminho, enquanto seus líderes – se é que podemos chamá-los assim? – se engalfinham feito moleques.
Que se julgue Michel Temer, Aécio Neves, Lula, Dilma e quem quer que seja; sem comprometer a governabilidade e as reformas estruturais que – acreditamos – ainda estão prestes a serem aprovadas pelo Congresso Nacional.
Não podemos abrir mão disto, pois caso os aperfeiçoamentos da legislação trabalhista e da previdência não aconteçam, em pouco tempo estaremos nos aprofundando ainda mais no colapso social e econômico que penaliza as famílias brasileiras.
O caso dos irmãos da JBS e empresas coligadas são emblemáticos para a coerência ética empresarial.
As dezenas de bilhões de reais que estes cidadãos – que se dizem empreendedores – pegaram do BNDES e outras instituições oficiais à custa de propinas saíram, na verdade, dos nossos bolsos.
Nós é que pagamos os impostos que capitalizaram o citado banco de fomento.
O posicionamento da Federação das CDLs do RS é: aqueles que são participantes ou mesmo coniventes com sonegação, contrabando e corrupção devem ser punidos exemplarmente e não ser tolerado nas organizações.
Para exigirmos ética, qualidade dos serviços públicos, juros e impostos mais reduzidos, devemos nos manter coerentes com as regras estabelecidas com propósito único de ter autoridade moral de tentar mudá-las para melhor.
Vitor Augusto Koch, Presidente FCDL-RS