Estudos realizados pela FGV indicam que cada ano a mais na escola representa aproximadamente 15% a mais de salário para o brasileiro. Este argumento por si só já deve ser suficiente para que as pessoas invistam em seus estudos.

Muitas são as questões sobre quais são as melhores alternativas de aplicações financeiras disponíveis hoje no mercado. A minha resposta costuma ser sempre a mesma: o melhor investimento é em você mesmo. Priorize os seus estudos e você terá maiores possibilidades de ganhos em um futuro próximo. Somente após a conclusão de um curso superior é que você deve começar a se preocupar com alternativas de aplicações financeiras. Antes disso, preocupe-se em obter uma boa formação. Assim, você terá mais chances no mercado de trabalho, possibilitando também o aumento na sua renda.

O questionamento mais recorrente que me é feito é sobre se é interessante se entrar em um financiamento habitacional quando ainda se é jovem, para que quando se chegar na casa dos 40 anos o imóvel já esteja quitado. Não vejo essa alternativa com bons olhos, pois se alguém que hoje está na faixa de 20 anos de idade, assumir um financiamento habitacional, irá arcar com uma dívida que deve oscilar entre R$ 800 e R$ 1.000, dependendo do imóvel e da renda. Se além deste financiamento, o indivíduo ainda tiver que pagar uma faculdade, ele terá que desembolsar algo entre R$ 500 e R$ 1.000, dependendo da faculdade, sem falar de outras despesas do dia a dia. Assim, para que ele more e estude ao mesmo tempo, despenderá valores entre R$ 1.300 e R$ 1.800. Imagine qual deverá ser a renda deste jovem para que ele possa despender esse montante de dinheiro todo mês. Quantos jovens entre 20 e 25 anos ganham mais de R$ 2.000 por mês para poder arcar com estas despesas?

Assim, se formos considerar jovens na faixa etária entre 20 e 25 anos, perceberemos que investimento em estudo e financiamento habitacional são eventos mutuamente excludentes. Sobra, portanto, a opção entre um e outro. Ou o estudo, ou o financiamento.

Meu conselho é que não somente o jovem, mas qualquer outra pessoa que tenha que optar entre uma e outra alternativa, que opte pelos estudos. Somente assim, este indivíduo terá mais condições de receber melhores salários e, além de poder comprar sua sonhada casa, poderá também comprar seu carro, fazer poupança de médio e longo prazos e se programar para a aposentadoria.

Não significa que indivíduos com menos escolaridade estejam fadados ao fracasso ou à penúria financeira, mas seguramente suas chances serão dramaticamente inferiores às de indivíduos mais preparados intelectualmente.

Por isso, meu conselho segue sendo sempre o mesmo. Invista em seus estudos. Conhecimento nunca é demais. Acredite: você sempre encontrará oportunidade de ganhos financeiros utilizando os conhecimentos que você adquiriu na sala de aula.  Invista em você. Permaneça em processo de aprendizagem contínuo, pois quanto mais nós estudamos, mais percebemos a necessidade de continuar nos atualizando.