A maioria dos acionistas da GVT aprovou a retirada das cláusulas do estatuto que impunham  restrições à aquisição de fatia superior a 15% do capital, as chamadas pílulas de veneno  (poison pills), atendendo assim as exigências da Telefônica e Vivendi, que fizeram oferta de compra do controle acionário da companhia. A assembléia geral extraordinária foi realizada hoje de manhã e aprovou também que a operação de venda deverá ser concluída até 28 de fevereiro de 2010, a um preço mínimo R$ 48,00 por ação, como prevê a oferta hostil feita pela Telefônica.

A compra do controle da GVT, de acordo ainda com a decisão dos acionistas, deve ser feita em dinheiro e o ofertante deverá ter capacidade financeira para a aquisição de 100% do capital social da empresa. E que a compra deverá ser feita por operador ou provedor de serviços de telefonia fixa, móvel ou de banda larga no Brasil ou no exterior, diretamente ou por intermédio de subsidiárias, controladas ou coligadas.

Há uma expectativa de nova oferta do grupo francês para aquisição do controle da GVT,  ainda sem confirmação. Já a proposta da Telefônica, além de 17% superior a da Vivendi (ofertou R$ 42,00 por ação) prevê a realização da oferta pública para compra de até 100% das ações da companhia no dia 19 deste mês, mas depende da aprovação da operação pela Anatel.

Segundo informações da agência, os pedidos de anuência prévia da Vivendi e da Telefônica, que estão tramitando conjuntamente, já foram examinados pela área técnica e pela procuradoria especializada. O processo deve voltar agora para a área técnica, que formalizará a proposta ao Conselho Diretor, para apreciação. Fontes da agência não vêem nenhum obstáculo para a operação por qualquer das empresas. Eles acham que há tempo suficiente para que as anuências sejam aprovadas até o dia 19.