A primeira pesquisa do ano revela que a intenção de consumo das famílias gaúchas caiu 15,4% (aos 62,0 pontos) em janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado, e recuou 4,4% no confronto com dezembro passado. Os dados são da pesquisa Intenção de Consumo das Famílias (ICF), divulgada nesta segunda-feira (23) pela Fecomércio-RS e que conta, no mínimo, com 600 famílias em sua amostra.
“Ainda que se espere que 2017 seja melhor do que 2016, o mercado de trabalho, principal elemento a determinar a intenção de consumo das famílias, não apresentou sinais de retomada, por isso, a intenção de consumo está caindo”, destaca o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. O dirigente afirma que há outros fatores macroeconômicos que também prejudicam a intenção de consumo das famílias como os juros nominais, que apesar da queda recente, permanecem muito altos.
A baixa confiança das pessoas no mercado de trabalho é confirmada pelo resultado do indicador que mede a situação do emprego, que aos 99,3 pontos em janeiro representa uma redução de 12,1% em relação a janeiro/ 2016. O dado referente à situação de renda atual ficou em 49,7 pontos, com diminuição de 33,6% na comparação com janeiro/2016.
O patamar deprimido do mercado de trabalho associado à queda da renda e aos juros elevados impactou também no nível de consumo atual (aos 35,8 pontos), com queda de 28,2% na comparação com janeiro/2016. A avaliação referente à facilidade de acesso a crédito atingiu 52,5 pontos, diminuição de 26,1% sobre janeiro/2016. Segundo o dirigente, a concessão de crédito também vem sendo bastante limitada pelas instituições financeiras. Já o indicador referente ao momento para consumo de bens duráveis, aos 35,5 pontos, recuou 20,8% frente ao mesmo mês do ano passado.
Nas análises relativas às expectativas, o indicador que mede a perspectiva profissional atingiu 73,4 pontos, uma variação positiva de 1,5% sobre janeiro/2016 e de 2,2% em relação a dezembro/2016. Já as perspectivas de consumo, em 87,9 pontos, cresceram 1,1% em relação ao mesmo mês do ano passado e 12,1% na comparação com dezembro último.
A ANÁLISE DA PESQUISA PODE SER ACESSADA AQUI.