Na ocasião, Barbato apresentará à imprensa e às empresas associadas o balanço atual do setor, além das ações, projetos e articulações desenvolvidas pela Abinee na promoção do desenvolvimento e da sustentabilidade do setor eletroeletrônico brasileiro.
Nas últimas análises feitas pela entidade, a indústria apresentou sinais de recuperação. Em agosto, o nível de emprego no setor cresceu, com a abertura de 252 postos de trabalho, conforme apurado com base nas informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho. Esta foi a primeira expansão no nível de emprego do setor depois de 18 meses de quedas consecutivas. O último resultado positivo havia sido registrado em janeiro de 2015 (742 vagas).
Barbato avalia que o desempenho dos últimos meses já indicava uma recuperação no nível de emprego. “Passamos pela fase de redução das demissões e agora começaram as contratações. Esperamos que esta tendência permaneça”, afirma.
No acumulado de janeiro a agosto, as indústrias elétricas e eletrônicas registraram o fechamento de 8,1 mil vagas. O total de empregados no setor eletroeletrônico atingiu 239,9 mil no final do mês passado.
Outro dado positivo foi o desempenho da produção industrial do setor eletroeletrônico, que cresceu 2,6% no mês de agosto de 2016 em relação ao mesmo mês do ano passado. Esta foi a primeira vez, nos últimos 27 meses, que a produção da indústria eletroeletrônica apresentou crescimento na comparação ao igual mês do ano anterior.
Câmbio x exportações
O setor eletroeletrônico também vive um momento de preocupação com a valorização do Real frente ao dólar, que já afeta as exportações.
Segundo dados da Abinee, as vendas externas de produtos elétricos e eletrônicos somaram US$ 4,23 bilhões no acumulado de janeiro-setembro de 2016, 2,4% abaixo das registradas no mesmo período de 2015 (US$ 4,33 bilhões)
No primeiro semestre, quando a taxa de câmbio estava acima de R$ 3,50 por dólar, as exportações acumuladas no ano estavam superiores às registradas em iguais períodos de 2015. Porém, a partir do 2º semestre de 2016, quando o real passou a se valorizar (chegando a R$ 3,26 em setembro), as vendas externas recuaram e os resultados acumulados ficaram abaixo do ano passado.
Rio Grande do Sul
No RS, pelo terceiro mês consecutivo aumentou o número de empresas do setor que informaram crescimento de vendas em relação ao mês anterior, de acordo com sondagem da Abinee. A tendência favorável vem desde o mês de junho, quando esse percentual era de 21%. No mês seguinte, passou para 27% e, em agosto, foi a 35%.
Em comparação ao mesmo mês de 2015, o índice também foi superior. No ano anterior, 29% das entrevistadas informavam aumento no percentual de vendas – 6% a menos do que em 2016.
A Abinee
Fundada em setembro de 1963, a Abinee conta hoje com cerca de 500 associadas no país. Seu escritório central está localizado em São Paulo e há sedes regionais em Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Recife. Abaixo, confira os principais projetos que estão sendo desenvolvidos pela entidade:
· Abinee - Apex
A Abinee e a Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) possuem convênio de incentivo às exportações do setor eletroeletrônico. O projeto conta hoje com 40 empresas e já promoveu duas iniciativas importantes: um projeto comprador, que trouxe empresas estrangeiras para uma rodada de negócios no Brasil; e uma missão comercial ao México, da qual participaram empresas brasileiras. A próxima iniciativa será missão comercial à Colômbia, em setembro.
· Internet das Coisas
A entidade está criando a Comissão de Internet das Coisas, com caráter multissetorial, que reúne indústrias associadas de diversos segmentos representados pela entidade. As discussões abordam questões como padronização, legislação, regulação, tratamento e privacidade de dados, P&D, tributação e outros.
· GREEN Eletron
A Abinee criou recentemente a GREEN Eletron, gestora de logística reversa de produtos elétricos e/ou eletrônicos, de pequeno e médio porte, descartados pelos consumidores nos pontos de coleta após o uso. Dez das maiores empresas fabricantes de equipamentos eletrônicos do país já aderiram à iniciativa, que atenderá às obrigações da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
· Celular pirata não
A a campanha “Celular Pirata Não”, assinada pela Abinee, trata-se de uma iniciativa do Projeto SIGA (Sistema Integrado de Gestão de Aparelhos), da Anatel, para impedir que celulares ou dispositivos sem homologação, irregulares, se conectem às redes das prestadoras de celular.