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Os devaneios de Lula
   
     
 


21/10/2016

Os devaneios de Lula
Artigo de Bady Curi Neto, advogado fundador do Escritório Bady Curi Advocacia Empresarial, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG)

O ex-presidente da República, réu em três processos criminais, publicou no dia 18 de outubro, na Folha de São Paulo, um texto no qual se diz vítima de uma caçada judicial.

“Às vésperas de completar 71 anos, vejo meu nome no centro de uma verdadeira caçada judicial. Devassaram minhas contas pessoais, as de minha esposa e de meus filhos; grampearam meus telefonemas e divulgaram o conteúdo; invadiram minha casa e conduziram-me à força para depor, sem motivo razoável e sem base legal. Estão à procura de um crime, para me acusar, mas não encontraram e nem vão encontrar”.

E completa, em seu delírio de autodefesa.

“Entre as dezenas de réus delatores, nenhum disse que tratou de algo ilegal ou desonesto comigo, a despeito da insistência dos agentes públicos para que o façam, até mesmo como condição para obter benefícios”.

Apesar do texto bem escrito, que por obvio não deve ser da lavra do signatário, a história não convence.

As imputações ao ex-presidente realizadas pela investigação da Polícia Federal e pelo Ministério Público não são frutos de falsas informações fabricadas para manchar sua imagem e de seu partido, como ocorrido no escândalo conhecido como “dossiê do aloprados”, no qual, em 15/09/2006, há duas semanas do primeiro turno das eleições, integrantes do PT foram presos em um hotel em São Paulo, ao tentar comprar um falso dossiê contra o candidato adversário ao governo daquele Estado.

As investigações contra Lula se baseiam em fatos e documentos obtidos através de apurações e de delações premiadas, inclusive de antigos aliados como o Delcídio do Amaral, ex-líder do governo no Senado.

Claro que tais fatos tiveram uma cobertura midiática e, em alguns casos, exageradas a meu ver, como a explicação da denúncia realizada pelo procurador Deltan Dallagnol antes mesmo de ser recebida pelo juiz Sérgio Moro.

O ex-presidente é um homem público e como tal se beneficiou da mídia para alcançar o maior número de pessoas e por conseguinte eleitores para si e candidatos de seu partido político, não podendo reclamar quando divulgados seus malfeitos.  A população tem o direito de saber e ser informada de suas ações para não serem ludibriadas na hora de utilizarem sua maior arma, o voto.

O próprio Lula reconhece isto textualmente: “Basta observar a reta final das eleições municipais para constatar a caçada ao PT: a aceitação de uma denúncia contra mim e a prisão de dois ex-ministros de meu governo foram episódios espetaculosos que certamente interferiram no resultado do pleito”.

O ex-presidente,  apenas, “esqueceu” de dizer que os dois maiores escândalos de corrupção do país – Mensalão e Lava jato – ocorreram nos governos de seu partido e resultaram nas prisões ou condenações de pessoas a eles ligados; que seus filhos enriqueceram assustadoramente; que a obra do apartamento do Guarujá foi feita sob a supervisão de sua esposa (a ocultação de patrimônio consiste em manter bens próprios em nome de terceiros); que a lavagem de dinheiro é tentativa de legalizar dinheiro ilícito, mesmo que para tal seja necessário pagar impostos e, esta somatória, a toda evidência interferiu na derrocada do PT no último pleito.

Estes são os fatos reais, o resto são devaneios de Lula em sua autodefesa.

Bady Curi Neto, advogado fundador do Escritório Bady Curi Advocacia Empresarial, ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG)

Fonte: Assessoria de Imprensa
Autor: Luana Moreira
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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