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Imune à crise, setor de alimentos cresce 8,9%
   
     
 


26/10/2009

Imune à crise, setor de alimentos cresce 8,9%
Renda em alta e inflação sob controle devem levar venda de produtos alimentícios a R$ 350,8 bi este ano

A crise financeira não afetou a venda de alimentos e bebidas no país. Três motivos explicam a resistência à turbulência: a renda do brasileiro não caiu — ao contrário, subiu 1,9% no último ano —, a inflação está menor que em 2008 e o crédito voltou ao varejo. Com isso, nas contas da Target, os gastos com esses itens devem encerrar 2009 em R$ 350,8 bilhões, alta de 8,9% frente ao ano anterior.

Esse avanço, aliás, é bem superior à variação média de 1,6% do consumo em geral.

A fome do setor é puxada, principalmente, pelo consumo no domicílio.

— É a força do mercado interno, sobretudo das classes C e D. A economia se favoreceu especialmente com avanços na renda e inflação de alimentos menor. E alimentação é item essencial, menos sujeito a cortes — resume Marcos Pazzini, diretor da Target Marketing.

As vendas dos supermercados mostram essa expansão no consumo. Especialistas explicam que, com retração em setores como turismo e lazer, os brasileiros passaram a ficar mais tempo em casa — e a consumir mais alimentos.

Supermercados preveem alta de até 12% nas vendas O Grupo Pão de Açúcar encerrou o terceiro trimestre com alta de 9% nas vendas, e o Prezunic prevê fechar o ano com avanço de 12%.

— Com exceção de alguns itens, os alimentos deram um refresco para o consumidor este ano. Então, as variações se igualam ao que se viu no ano passado — comemora Genival de Souza, diretor do Prezunic.

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia), a produção de alimentos vai atingir R$ 295 bilhões, bem acima dos R$ 269 bilhões de 2008. O mercado interno, que responde por 80% da produção do setor, compensa o recuo na exportação, explica Dênis Ribeiro, diretor do Departamento de Economia da entidade.

— O setor perderá US$ 4 bi de exportações neste ano devido à menor demanda internacional — prevê.

Os reflexos das exportações menores estão na pesquisa de produção industrial feita pelo IBGE. Segundo a instituição, em agosto, a produção de bebidas estava num patamar 6,2% superior ao de setembro de 2008 — mês de recordes na atividade industrial e marco inicial da crise financeira. Nessa comparação, a produção de alimentos aponta queda de 0,8%, enquanto o recuo médio da indústria foi de 10,2%, muito influenciado pelo comportamento desfavorável de itens voltados para exportação.

— Na produção, a parcela de produtos para o mercado interno, inclusive carnes, está indo bem. Já os alimentos voltados para exportação se ressentem da redução de demanda — explica Isabella Nunes, economista da Coordenação de Indústria do IBGE.

Na leva desse consumo, a alimentação fora de casa também sai ganhando. Segundo a Target, esses gastos podem ser ampliados em 7,6%, encerrando o ano em R$ 77,9 bilhões. Uma boa notícia que chegou à loja de sorvetes de iogurte da empresária Tais Oliboni.

Ela conta que, após abrir seu quiosque no Botafogo Praia Shopping, em abril, recebeu mais de 30 solicitações para abrir franquias de sua empresa. Os convites foram tantos que ela, que pretendia ficar apenas com o quiosque até o fim do ano, inaugurou outro no BarraShopping e vai para São Paulo.

— A procura realmente me surpreendeu. Não estava pensando que minha empresa fosse crescer tão rápido. A crise não passou por aqui

Fonte: O Globo - RJ
Autor: Fabiana Ribeiro
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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