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E se ficar doente...
   
     
 


22/09/2016

E se ficar doente...
Artigo de Vitor Augusto Koch Presidente da FCDL-RS

Ao insistir em buscar os indicativos das melhores oportunidades para o futuro, não exime nossa responsabilidade em encarar as dificuldades do presente.

Somos obrigados a reconhecer que o Brasil é um dos países do mundo em que mais se paga impostos, ao mesmo tempo em que o gasto público é predominantemente da pior qualidade.

Basta olhar os indicadores de criminalidade, educação e saúde pública, para se ter a certeza de que o dinheiro que entregamos aos governos é muito mal usado.

Os orçamentos das famílias e das empresas são cada vez mais preenchidos por itens como segurança privada, educação privada e saúde privada.

Especificamente sobre a saúde, até recentemente 25% da população brasileira era vinculada a planos médicos privados.

Entretanto, a redução do nível de emprego no país fez com que os planos de saúde perdessem ao redor de 1,5 milhões de beneficiários apenas nos últimos 12 meses.

Isto acabou aumentando ainda mais a precariedade do atendimento médico público, sem contar que parte do custo dos exames privados é deslocado para subsidiar o SUS.

O resultado desta realidade é lamentavelmente simples e se reflete diretamente na incapacidade da administração pública lidar com a demanda atual da população brasileira por saúde.

Neste sentido, o ministro Ricardo Barros (Saúde) está preparando proposta para a Agência Nacional de Saúde que viabilizará a criação de planos médicos mais baratos, como forma de desafogar o SUS.

As autoridades públicas estão partindo para políticas que deixam claro o reconhecimento de que são incapazes de lidar objetivamente com a questão.

E o caráter associativo da FCDL-RS não permite que tratemos a questão apenas pelo expressar de nossa inconformidade.

O Rio Grande do Sul tem em torno de 102 mil estabelecimentos varejistas, empregando diretamente 528 mil trabalhadores (RAIS 2015).

Se considerarmos o padrão médio de quatro pessoas por família, o comércio gaúcho é responsável pela geração de renda de 2,5 milhões de pessoas, o que corresponde a algo em torno de 22,5% da população estadual.

O fato é que grande parte desta população que nos diz respeito diretamente está desamparada de um sistema de saúde minimamente satisfatório.

Além de ser algo desumano, tal situação impacta diretamente nos custos e na eficiência empresarial, seja pela falta de prevenção médica, seja pelo absenteísmo, (abster-se) impulsionado pela chamada "indústria do atestado".

Diante do quadro, a FCDL-RS considera inevitável proporcionar a melhor solução possível para o movimento lojista.

Estamos em fase adiantada de negociações para criar o nosso próprio plano de saúde que será ofertado aos associados das CDLs.

Além de priorizar o melhor dimensionamento de custos e benefícios para os comerciantes e comerciários, esta será mais uma importante fonte de sustentabilidade das CDLs gaúchas dentro do nosso princípio associativo da territorialidade.

Paralelamente a isto, estaremos fazendo gestões políticas no sentido de isentar dos tributos de saúde aqueles que utilizam planos privados.

Certamente será uma batalha difícil, mas nos consideramos moralmente obrigados a defender o patrimônio dos lojistas gaúchos, especialmente achacados por tributos, na sua maioria, muito mal usados na prestação de serviços públicos.

Vitor Augusto Koch, Presidente FCDL-RS

Fonte: Vitor Augusto Koch
Autor: O mesmo
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte
Autor da foto: João Alves


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