Apesar da pequena diferença os índices de 2016 e de 2015 são praticamente estáveis. Esse ano foram 15.829 vagas a menos e no ano pasasdo menos 15.818 postos de trabalho. Os dados são do departamento de pesquisa da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul - FCDL-RS. A maior concentração de dispensas líquidas ficou novamente para a indústria de transformação (-5.494), seguida pela agropecuária (-3.723) e comércio em geral (-3.476).

- O que chama mais a atenção é a estabilidade dos resultados entre 2016 e 2015, indicando mais uma vez indícios do processo de esgotamento da retração econômica gaúcha - afirma o presidente da FCDL-RS, Vitor Augusto Koch.

No âmbito nacional, esta dinâmica de fim de recessão está mais pronunciada (queda de 72,6 mil empregos e maio último, frente a 115,6 mil no mesmo mês de 2015).

No cenário municipal a maior incidência de demissões em março ocorreu em Porto Alegre (centrada no setor de serviços) e Vacaria (mão de obra temporária das safras). No total, 177 municípios gaúchos tiveram saldo positivo ou neutro no emprego de maio de 2016, diante de 319, com demissões líquidas. Além de Porto Alegre, estão no topo do ranking que mais desempregaram trabalhadores as cidades de Santa Maria, Rio Grande, Novo Hamburgo, Bagé, Pelotas e Gravataí. Entre os municípios que mais contrataram estão Eldorado do Sul.

- De uma forma geral, a maioria das lojas gaúchas já realizou seus ajustes de adequação às novas condições da economia e a partir de agora, com exceção de casos específicos, as variações de vagas tendem a ser sazonais, com viés de aumento moderado de empregabilidade a partir do segundo semestre - completou Koch.

Na comparação entre os setores do varejo, os destaques positivos ficaram para os ramos relacionados ao comércio de produtos farmacêuticos e minimercados. Pelo lado oposto, as demissões ficaram centradas nos estabelecimentos de super e hipermercados, veículos novos e usados.