As vendas de automóveis e comerciais leves no varejo cresceram 19,85% em setembro, em relação a agosto, no último mês do esquema especial de isenção/redução do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado).
“Com a volta do imposto, as vendas de veículos devem retrair um pouco devido, inclusive, à antecipação das compras. Mas, não causará grande impacto. O fim do benefício chega num momento em que a economia está praticamente restabelecida, há oferta de crédito e consumidores confiantes”, comenta o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze.
A partir de hoje, 1º de outubro, a volta gradativa do IPI será da seguinte forma:
Carros 1.0
• outubro: alíquota passa de zero para 1,5%
• novembro: 3%
• dezembro: 5%
• janeiro 2010: 7%
Entre 1.0 e 2.0 a gasolina
• outubro: passa a 8%
• novembro: 9,5%
• dezembro: 11%
• janeiro 2010: 13%
Acima de 1.0 e abaixo de 2.0 flex
• outubro: passa a 6,5%
• novembro: 7,5%
• dezembro: 9%
• janeiro 2010: 11%
No acumulado de janeiro a setembro, as vendas de automóveis e comerciais leves no varejo cresceram 5,49%, em relação ao mesmo período de 2008. Foram comercializadas 2.211.421 unidades este ano, contra 2.096.396 nos primeiros nove meses do ano passado.
O segmento de caminhões, que sofreu nos últimos meses de 2008 e início de 2009 com a falta de frete, apresentou retração de 20,23% nos primeiros nove meses do ano. Foram negociadas 74.414 unidades, contra 93.286 unidades no mesmo período do ano passado.
Em setembro, no entanto, as vendas do segmento cresceram 18,46%, totalizando 10.082 unidades, o que demonstra reação, na avaliação da Fenabrave.
Os emplacamentos de ônibus diminuíram de 19.490 unidades dejaneiro a setembro de 2008 para 16.261 unidades este ano, uma queda de 16,57%.
O setor de duas rodas apresentou retração de 21,36% comparando o acumulado de 2009 com o ano anterior, caindo de 1.507.852 unidades para 1.185.701 unidades no período. “O problema no segmento de motos está atrelado à dificuldade de acesso ao crédito”, explicou o presidente da Fenabrave.
Mas, segundo ele, o setor já está apresentando melhores resultados. Foram negociadas 139.686 unidades em setembro, ante 136.561 unidades em agosto, uma alta de 2,29%.