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Crise do Euro
   
     
 


02/11/2011

Crise do Euro
Líderes da União Europeia tentam acalmar mercados

As bolsas europeis despencaram hoje após o anúncio do referendo na Grécia sobre o plano de ajuda europeu ao país; em Frankfurt o índice Dax teve um recuo de mais de 6%.  
As bolsas europeis despencaram hoje após o anúncio do referendo na Grécia sobre o plano de ajuda europeu ao país; em Frankfurt o índice Dax teve um recuo de mais de 6%
 
Para tentar aplacar o nervosismo dos mercados, os líderes da União Europeia insistem que é preciso colocar em prática o mais rápido possível o plano de ajuda à Grécia decidido na semana passada, apesar do anúncio surpresa de um referendo grego sobre o tema que causou pânico nas bolsas europeias nesta terça-feira. 

"Nós estamos convencidos de que este acordo é o melhor para a Grécia. Temos plena confiança no fato de que a Grécia vai honrar os compromissos com a zona do euro e com a comunidade internacional", disseram Herman Von Rompuy, presidente da União Europeia, e José Manuel Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, em um comunicado conjunto.

Eles também relembraram os esforços realizados pelos outros países do bloco e pelo fundo Monetário Internacional para evitar a falência da Grécia.

O plano decidido na última semana pelos líderes europeus compreende um cancelamento de €100 bilhões da dívida do país, detida por bancos privados, completado por garantias de € 30 bilhões oferecidas pelos governos da zona do euro. O acordo inclui ainda novos empréstimos da comunidade internacional à Grécia num valor de € 100 bilhões.

"Estamos trabalhando para colocar em prática essas decisões, que são mais do que nunca necessárias", insistiram Van Rompuy e Barroso. A "redução substancial" da dívida grega prevista "diminuirá o peso sobre o orçamento grego e em consequência impulsionará as políticas de crescimento e emprego", indica o comunicado comum.

Van Rompuy e Barroso disseram ainda ter "tido contato" com o primeiro-ministro grego Georges Papandreou. Eles afirmaram que se manterão em contato com os membros da zona do euro durante a cúpula do G20 em Cannes, nesta quinta e sexta-feira.

As bolsas europeias, e principalmente os títulos bancários, continuaram em queda livre durante todo o dia de hoje, depois de já terem iniciado suas atividades no vermelho, chegando a recuar mais de 7% em Milão. O Banco Central Europeu, presidido a partir de hoje pelo italiano Mario Draghi, comprou nesta terça-feira títulos da dívida italiana por medo de um contágio da crise grega, segundo operadores do mercado.

França/Alemanha

A França e a Alemanha se declararam nesta terça-feira determinadas a colocar em prática o mais rápido possível o acordo sobre o euro e a dívida grega assinado na semana passada durante uma cúpula europeia, e que o primeiro-ministro grego quer submeter a um referendo.

Em um comunicado que não faz menção direta ao referendo, o palácio do Eliseu informou que a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy, que conversaram por telefone esta tarde, desejam que, em consultas com o Fundo Monetário Internacional e os parceiros europeus, um plano de ação possa ser rapidamente estabelecido para garantir a aplicação do acordo".

Os dois dirigentes se encontrarão na quarta-feira em Cannes, na véspera da cúpula do G20, para uma reunião com as instituição europeias, o FMI e a "autoridades gregas", afim de "tomar todas as medidas necessárias".

Condenação

A agência de notação Fitch Ratings afirmou hoje que um não dos gregos no referendo previsto para janeiro sobre o plano europeu de ajuda ao país ameaçaria a estabilidade e a "viabilidade" da zona do euro.

O presidente do Eurogrupo, que reúne os ministros das Finanças da zona do euro, Jean-Claude Juncker, disse hoje em entrevista a uma rádio alemã que a proposta do referendo acrescenta uma grande insegurança e nervosismo a uma situação já instável, e enfatizou que o premiê grego tomou sua decisão sem consultar seus colegas europeus.

"Trata-se de uma escolha inesperada que cria incertezas às vésperas do importante encontro do G20 em Cannes", declarou o chefe do governo italiano, Silvio Berlusconi, um dos primeiros dirigentes a reagir à decisão surpresa de Atenas.

Já o premiê belga Yves Leterme preveniu que seu colega grego, Georges Papandreou, "tem um grande responsabilidade" com esse referendo.

Na Alemanha, políticos e responsáveis de instituições financeiras condenam em uníssono o projeto de referendo grego. Rainer Brüderle, ex-ministro da Economia e líder dos deputados liberais, que participam da coalizão da chanceler Angela Merkel, se disse "irritado por essa manobra estranha", em entrevista a uma rádio alemã. "É como tentar escapar de algo que nós mesmos negociamos", disse ele, que julgou provável uma "falência" da Grécia no caso de uma vitória do "não" no referendo.

Elogio

Na contramão, a organização altermondialista Attac afirmou hoje em um comunicado que o anúncio do referendo na Grécia é "um primeiro avanço da democracia diante dos planos de austeridade" na Europa.

Para a organização, "tudo vai depender da questão formulada e das condições do debate para que esse referendo não seja uma manipulação política. Mas é também a oportunidade para um verdadeiro debate cidadão, que responda às reivindicações populares por mais democracia".

"O plano europeu de ajuda à Grécia não resolve nenhum dos problemas de fundo colocados pelas incoerências da zona do euro e pela irresponsabilidade da finança, ele piora a austeridade e a tutela da troïka (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI) sobre o povo grego", avalia a organização.

Fonte: Agências Internacionais
Autor: Redação
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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