Papéis avulsos
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) suspendeu a fusão entre a Diagnósticos da América (Dasa) e a MD1 Diagnósticos, do grupo Amil, presidida por Edson de Godoy Bueno. Pela decisão, que foi tomada em acordo com representantes das empresas, elas terão de manter separadas suas marcas, laboratórios e operações. O acordo foi assinado para preservar a estrutura de cada um nas mesmas condições que existiam antes das aquisições.
Com isso, o Cade vai poder determinar a venda de ativos se achar que essa medida é necessária para preservar a competição. O mercado recebeu a notícia com pessimismo pela demora que as decisões do órgão antitruste costuma acontecer. “Vai levar mais tempo para amortizar o ágio pago pela Dasa à MD1 e a operação vai sair mais cara do que os acionistas imaginavam”, diz Guilherme Assis, analista de saúde da Raymond James. “Temo que isso cause ruído no setor.” Na quinta-feira 27, as ações da Dasa caíram 3%. A operação de incorporação, anunciada em agosto do ano passado, previa relação de troca de ações com base no valor da MD1, estimado inicialmente em 26,36% do capital da Dasa.