Sair à noite com a família para ir a um show, ao cinema ou ao teatro tem pesado cada vez mais no orçamento doméstico. Pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que 17 itens que fazem parte dos gastos em passeios noturnos, além de roupas e maquiagem, encareceram 7,91% entre setembro de 2010 e agosto deste ano. No mesmo período, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a variação de preços de famílias com renda entre um (R$ 545) e 33 mínimos (R$ 17.985), aumentou 7,10%.

Os ingressos para shows ficaram 13,09% mais caros, ou seja, se no ano passado custava R$ 100, a entrada passou a valer R$ 113,09. Já os preços do teatro aumentaram 11,61%, e os valores dos serviços de bares e lanchonetes, 9,35%. Para quem bebe e não arrisca dirigir, a despesa com táxi ficou 9,30% mais cara.

E a maior procura, nesses casos, também representa preços mais altos. Dois fatores explicam os aumentos: o encarecimento dos serviços e a renda maior do brasileiro.

A pesquisa foi feita considerando o impacto do IPC nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo. O estudo não considerou os preços de alimentos e bebidas.

SUBIRAM MENOS - Entre os 17 produtos pesquisados, oito subiram menos que a inflação, por exemplo, perfumes, maquiagem, calçados, joias e bijuterias, sabonete e antiácido.

PESARAM MAIS - Acompanharam a tendência de alta acima da inflação despesas com salão de beleza (8,79%); roupas femininas (8,12%); roupas masculinas (7,75%).