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Há riscos em dirigir exposto ao sol?
   
     
 


11/09/2011

Há riscos em dirigir exposto ao sol?
Em um veículo fechado, uma queimadura solar é improvável, mas os raios UVA penetram profundamente e podem causar danos potencialmente prejudiciais à pele
Para ir à praia ou à piscina, o uso do protetor solar está sacramentado. Agora, será necessário também passar o protetor solar, antes de começar a dirigir, e se expor ao sol? Se você passa longas horas na estrada, especialmente durante o dia, o protetor solar pode ser mais do que uma boa idéia.
 
Tanto assim que a maioria dos fabricantes de automóveis americanos pretende instalar parabrisas que filtrem a luz ultravioleta. Hoje, as janelas laterais e traseiras dos carros, normalmente, já filtram os raios UVB – a principal causa de vermelhidão da pele e de queimaduras de sol – mas não os raios UVA, que penetram mais profundamente na pele e também podem causar danos, como o câncer de pele.
 
Em um estudo publicado no The Journal of the American Academy of Dermatology, pesquisadores da St. Louis University School of Medicine examinaram os registros e histórias de mais de 1.000 pacientes encaminhados a uma clínica local para tratar o câncer de pele. 
 
Eles descobriram que pessoas que tinham passado grande parte do tempo conduzindo um carro eram mais propensas a desenvolver câncer de pele do lado esquerdo de seus corpos e rostos, o lado mais exposto à luz solar durante a condução. Em pacientes com melanoma maligno, a forma mais letal de câncer de pele, 74% dos tumores foram encontrados do lado esquerdo, em comparação com 26% à direita.
 
Em janeiro deste ano, outro grupo de pesquisadores publicou um estudo semelhante, mas muito mais abrangente, na mesma revista, usando dados de milhares de pacientes com câncer de pele coletados pelo National Cancer Institute. 
 
Os estudiosos confirmaram a maior incidência dos tipos de câncer de pele do lado esquerdo, mas observaram também que esta relação era mais forte nos homens, sugerindo que as mulheres tomavam mais precauções, como usar protetor solar, antes de dirigir, ou que, possivelmente, passavam mais tempo no banco do passageiro. 
 
“Por aqui, a incidência de melanoma em mulheres está aumentando muito nos últimos anos, quando comparada aos homens”, observa a dermatologista Cristine Carvalho, diretora do CDE – Centro de Dermatologia e Estética.

O melanoma
 
O melanoma cutâneo é um tipo de câncer de pele que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e tem predominância em adultos brancos. “Embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil e corresponda a 25% de todos os tumores malignos registrados no país, o melanoma representa apenas 4% das neoplasias malignas do órgão, apesar de ser o mais grave devido à sua alta possibilidade de metástase”, explica a médica.
 
O prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom, se detectado nos estágios iniciais e dependendo do tipo histológico. Nos últimos anos, houve uma grande melhora na sobrevida dos pacientes com melanoma, principalmente devido à detecção precoce do tumor.
 
“O que é importante saber é que, assim como os outros tipos de câncer de pele, o melanoma pode ser prevenido, evitando-se a exposição ao sol no horário das 10 h às 16 h, quando os raios são mais intensos, uma vez que o maior fator de risco para o seu surgimento é a sensibilidade ao sol, ou seja, a queimadura pelo sol e não o bronzeamento”, afirma a médica.
 
Mesmo em outros períodos do dia, recomenda-se a utilização de proteção extra como chapéu, guarda-sol, óculos escuros, roupas com fotoproteção e filtros solares com fator de proteção maior que 30.
 
Além da excessiva exposição solar, existem outros fatores de risco para o aparecimento do melanoma: a pele clara; a história prévia de câncer de pele; a história familiar de melanoma; o nevo congênito (pinta escura); a maturidade (após 15 anos de idade, a propensão para este tipo de câncer aumenta); o xeroderma pigmentoso (doença congênita que se caracteriza pela intolerância total da pele ao sol, com queimaduras externas, lesões crônicas e tumores múltiplos) e o nevo displásico (lesões escuras da pele, “como pintas”, com alterações celulares pré-cancerosas).
 
Principais sintomas
 
“O melanoma pode surgir a partir da pele normal ou de uma lesão pigmentada. A manifestação da doença na pele normal se dá após o aparecimento de uma pinta escura de bordas irregulares acompanhada de coceira e descamação. Em casos de uma lesão pigmentada pré-existente ocorre aumento no tamanho, alteração na coloração e na forma da lesão, que passa a apresentar bordas irregulares”, explica a dermatologista, que também é chefe do Departamento de Fototerapia do Curso de Pós-Graduação em Dermatologia da Associação Pele Saudável, Instituto BWS.
 
A coloração pode variar do castanho-claro, passando por vários matizes, chegando até à cor negra ou apresentar área com despigmentação. “O crescimento ou alteração da forma é progressivo e se faz no sentido horizontal ou vertical. Na fase de crescimento horizontal, a neoplasia invade a epiderme - camada mais superficial da pele -, podendo atingir ou não a derme papilar superior - camada intermediária da pele -, o tecido celular subcutâneo (gordura), os músculos e os ossos, levando a metástases,com frequência. No sentido vertical, seu crescimento é acelerado através da espessura da pele, formando nódulos visíveis e palpáveis”, afirma Cristine Carvalho.

O tratamento
 
A cirurgia é o tratamento mais indicado. A radioterapia e a quimioterapia também podem ser utilizadas dependendo do estágio do câncer. “Quando há metástase, o melanoma é incurável na maioria dos casos. A estratégia de tratamento para a doença avançada passa a ser, então, aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente”, conta a dermatologista.

Fonte: MW
Autor: Márcia Wirth
Revisão e edição: André Lacasi

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