A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) avalia que as normas adotadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) como forma de prevenir o mau uso do cheque são uma importante conquista para o lojista brasileiro, que poderá ter mais tranquilidade em aceitar esse meio de pagamento em suas vendas daqui em diante.

 

Atualmente, os cheques ainda representam cerca de 15% dos pagamentos feitos no País, e movimentaram, só em 2010, R$ 1,029 trilhão em 1,12 bilhão em folhas compensadas, segundo dados do Banco Central.

 

A CNDL participou ativamente das discussões em audiência pública para formulação dessa nova regulação das operações com cheques, e reforça que várias das reivindicações feita pelos lojistas foram atendidas pelo CMN na resolução aprovada na última quinta-feira.

 

Entre elas, a norma que proíbe a sustação voluntária do cheque por suspeita de roubo ou furto, que antes podia ser feita sem que o cliente fosse obrigado a apresentar boletim de ocorrência. “Isso fortalece o cheque e reduz o risco contraordem (devolução por falta de fundos)”, diz o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior, que também cita que, agora, o cliente que fizer um falso boletim de ocorrência responderá também por falsa comunicação de crime.

 

Pellizzaro Junior também comemora a decisão de obrigar os bancos a imprimirem nas folha de cheque a data em que o talonário foi expedido pela instituição financeira. “Foi uma medida muito feliz, porque reduz o volume de cheques devolvidos por aquelas pessoas que, ao saberem que estavam com problemas, iam ao banco pegar diversas folhas de cheque com o objetivo de passar muito tempo dando calote na praça.”