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Agas aponta poderio predatório no setor de supermercados
   
     
 


12/12/2010

Agas aponta poderio predatório no setor de supermercados
Entidade mostra preocupação com futuro de supermercados e indústrias no Estado do RS
 
O que hoje parece um benefício se tornará, num futuro próximo, um prejuízo incalculável, pois todos estarão "dependentes" das atitudes de poucas empresas que ditarão as regras de mercado, e mais uma vez quem será penalizado   é o consumidor  final, afirma Antônio Cesa Longo presidente da Agas.  

Um empresa que chegou há poucos anos no Brasil está disposta a criar um tumulto mercadológico no setor supermercadista. A opinião é do presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, relatando os esforços deste grupo para prejudicar empresas varejistas do Estado, utilizando o seu poderio de compra para neutralizar a concorrência leal.

Nesta semana a situação se agravou, após o lançamento de uma promoção no preço do leite. Segundo o presidente da Agas, o custo do litro ao fornecedor é de R$ 1,52, e esta empresa passou a oferecer o litro do produto por R$ 1,34. Para isto, a rede fez um pedido extraordinário, jamais registrado. Mas a empresa fornecedora remeteu o que era habitualmente adquirido, prevendo o desgaste que teria perante as demais empresas supermercadistas, com esta atividade predatória.
 
A consciência e a lisura custaram caro a este fornecedor do setor lácteo: a partir de sua negativa em corroborar com a concorrência desleal, o grupo supermercadista cancelou as compras e os pedidos de produtos desta empresa em todas as lojas da rede. “Este acontecimento demonstra bem o que a Agas tem levantado em ocasiões públicas, alertando para um fenômeno, o gigantismo, que, propagado pelas empresas multinacionais, revela a possibilidade temerária destas, tornarem-se ditadoras de preços e de procedimentos mercadológicos, não prejudicando apenas os pontos-de-venda, mas tornando-se mandatárias dos próprios fornecedores, que se submeterão as imposições desse malfadado modo de agir. O Brasil não precisava de uma invasão predatória como esta, desrespeitando empresas tradicionais ligadas ao abastecimento da população”, aponta Longo.
 
Conforme o dirigente, é importante lembrar, ainda, que a venda abaixo do custo do mercado interno (o chamado preço predatório), visando a conquista de novos mercados - o que também por alguns é denominado dumping –, é uma prática mundialmente combatida, e no Brasil é fiscalizada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), autarquia responsável pela defesa da livre concorrência no país.
 
“Todos os esforços são no sentido de dar condições às empresas nacionais, para que tenham capacidade  de competitividade em  nível global, e isto só  poderá ocorrer com um ambiente interno saudável e com condições de competição em igualdade. Tudo que for contrário a isto será contrário ao Brasil e por consequência ao povo brasileiro, e o Rio Grande não está fora deste contexto. O próprio presidente da Fiergs, Paulo Tigre, afirmou que o que gera emprego lá fora, tira emprego aqui, e o sentido disto é que temos que  desenvolver o mercado interno, pois tudo está interligado, varejo, indústria, logística, etc”, aponta Longo.
 
A Agas alerta as demais entidades para esta situação: o Sindilat, que não pode ter um associado sofrendo um boicote por tentar proporcionar a liberdade do mercado; a Fetag, que na condição de federação representante dos trabalhadores rurais deve estar atenta, pois o produtor rural está sendo penalizado, já que historicamente a remuneração do produtor de leite não atinge seus custos, e a Fiergs, que deve se preocupar, uma vez que indústrias gaúchas podem ter as suas portas fechadas em função desta ação predatória.
 
O presidente da Agas lembra que todos juntos são mais fortes do que um: “A Associação quer promover a concorrência leal e a igualdade tributária. Hoje, o consumidor pode até achar salutar a concorrência de preços, mas no momento em que ele tiver poucas opções de supermercados à sua escolha, sentirá saudades das empresas nacionais, e principalmente de nossas indústrias que passarão a ter cada vez menos opções de supermercados a oferecerem os seus produtos”, explica Longo.
 
O que hoje parece um benefício se tornará, num futuro próximo, um prejuízo incalculável, pois todos estarão "dependentes" das atitudes de poucas empresas que ditarão as regras de mercado, e mais uma vez quem será penalizado   é o consumidor  final. “O que é aparentemente barato vai sair muito caro”, conclui o presidente da Agas.

Fonte: Imprensa Agas
Autor: Francisco Brust
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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