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CCJ aprova solução de impasse entre Aerus e União
   
     
 


08/12/2010

CCJ aprova solução de impasse entre Aerus e União
Situação de aposentados e pensionistas do fundo de pensão Instituto Aerus de Seguridade Social, que estão sem receber os benefícios em razão da quebra de empresas aéreas, poderá ser resolvida
 
Senador Paulo Paim, autor do projeto que resolverá a situação dos aposentados da Aerus  

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (8) proposta que autoriza empresas em falência a priorizar o pagamento de aposentadorias e pensões relativas a planos de benefício de entidades fechadas de previdência complementar quando receberem créditos por ações ajuizadas contra a União.

O texto aprovado na CCJ é um substitutivo do senador Flávio Arns (PSDB-PR) ao projeto original do senador Paulo Paim (PT-RS) e altera a Lei de Recuperação de Empresas (Lei 11.101/2005). Ele autoriza a Advocacia-Geral da União, a Superintendência de Previdência Complementar (Previc), as empresas aéreas e o Instituto Aerus a negociarem diversos aspectos jurídicos e judiciais na tentativa de resolver o problema.

Além disso, a proposta também cria uma espécie de fundo de resseguro destinado a complementar benefícios aos participantes e assistidos de fundos de pensão, a ser mantido por contribuições de entidades participantes por parte da arrecadação da Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar e por multas aplicadas pela Previc. A próxima comissão a avaliar o projeto é a de Assuntos Sociais do Senado.

Para facilitar a coordenação e a solução mais rápida dos problemas judiciais, o projeto ainda prevê negociação da União com entidades de classe, como sindicatos, e não diretamente com os assistidos de fundos de pensão, como propõe o texto inicial do senador Paim. A proposta, agora, será enviada à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde receberá decisão terminativaÉ aquela tomada por uma comissão, com valor de uma decisão do Senado. Quando tramita terminativamente, o projeto não vai a Plenário: dependendo do tipo de matéria e do resultado da votação, ele é enviado diretamente à Câmara dos Deputados, encaminhado à sanção, promulgado ou arquivado. Ele somente será votado pelo Plenário do Senado se recurso com esse objetivo, assinado por pelo menos nove senadores, for apresentado à Mesa. Após a votação do parecer da comissão, o prazo para a interposição de recurso para a apreciação da matéria no Plenário do Senado é de cinco dias úteis. .

O relator da proposta (PLS 147/2010), senador Alvaro Dias (PSDB-PR), explicou que a é uma entidade fechada de previdência complementar responsável pela complementação das aposentadorias e pensões de ex-empregados de empresas como Varig (que foi sua maior patrocinadora), Transbrasil e Vasp. O projeto aprovado pela CCJ atinge a União, as empresas aéreas em processo de falência ou recuperação judicial e os empregados demitidos e aposentados prejudicados com a liquidação extrajudicial do Aerus e do Aeros - Fundo de Previdência Complementar.

Evolução

Em seu relatório aprovado na CAS, o senador Flávio Arns explicou a evolução do processo que culminou na interrupção do pagamento dos aposentados do Aerus. Segundo o senador, a situação financeira da Varig provocou o corte dos repasses da empresa área para o fundo, que foi levado a realizar várias negociações para controlar a dívida e buscar garantias para pagamento dos benefícios. Após diversas renovações dos contratos da dívida, a Varig não teve mais condições de honrar os acordos, explicou.

Mais de uma vez, o fundo passou pelo regime de intervenção da Secretaria de Previdência Complementar (SPC), antecessora da atual Previc. Porém os problemas não foram resolvidos. O Sindicato Nacional dos Aeronautas e Aeroviários ajuizou ação civil pública na Justiça Federal cobrando indenização por parte da União com base na alegação de que a SPC havia aprovado acordos indevidos entre o Aerus e a Varig.

A Varig também ajuizou uma ação para obter indenização relativa a perdas que a empresa alega ter sofrido em virtude do controle de preços durante o governo de José Sarney. Os valores da indenização foram dados em garantia ao Aerus para quitação dos seus débitos.

Assim, o relatório destaca a existência de um impasse: enquanto não houver decisão sobre a indenização a ser paga à Varig pela União, não haverá qualquer possibilidade de retomada dos pagamentos dos aposentados do Aerus. Grupo de trabalho instituído pelo governo federal, em 2009, coordenado pelo então advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, para negociar a questão, também não conseguiu acordo entre a União, a Varig e o Aerus.

Várias reuniões foram realizadas no Senado para buscar o entendimento político. Dessas reuniões, evidenciou-se que a solução deveria passar pelo processo legislativo e foi então o que buscou Paim com esse projeto.

Fonte: Agência Senado
Autor: Iara Farias Borges e Denise Costa
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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