A ideia é que, de posse das informações, as instituições financeiras e o comércio possam cobrar juros mais baixos de quem paga as contas em dia. “Para o varejo seria muito proveitoso. Hoje, qualquer compra que se faça, existe o custo da inadimplência embutido, com o cadastro positivo, o valor final para o consumidor poderá apresentar uma diminuição”, explica Vilson Noer, presidente da CDL Porto Alegre.

 

Com o cadastro, o governo espera que as instituições que concedem crédito conheçam mais detalhes do histórico de clientes que estejam sempre em dia no pagamento de suas dívidas, diferentemente do que ocorre hoje com os cadastros negativos, que só têm em seus bancos de dados os nomes daqueles que acabam inadimplentes. “Temos tecnologia disponível para atender o sistema de Cadastro Positivo, basta a aprovação final e a regulamentação”, analisa Noer.

 

Na avaliação da CDL, que gerencia o SPC no Estado, o Cadastro Positivo é uma evolução e traria benefícios também para os consumidores endividados. “Como os concedentes hoje não têm como diferenciar um cliente superendividado, dá-se mais crédito a estes consumidores, tornando sua condição pessoal mais difícil e ampliando o risco nos negócios”, diz. Para os negócios, o cadastro positivo é uma ferramenta única, que amplia a confiança e a segurança nas transações.