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Mantega diz que ministérios terão redução de orçamentos
   
     
 


07/12/2010

Mantega diz que ministérios terão redução de orçamentos
Ministro da Fazenda afirmou que o Brasil irá cortar gastos no primeiro ano de mandato de Dilma Rousseff

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Brasil irá cortar gastos no primeiro ano de mandato de Dilma Rousseff e com isso todos os ministérios terão seus orçamentos reduzidos. Além disso, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - carro-chefe do governo de Luiz Inácio Lula da Silva - deverá ter projetos prorrogados ou executados "mais lentamente".

De acordo com o diretor da Fractal, Celso Grisi, o anúncio do Mantega mostra uma disposição de acertar o orçamento nacional, reduzir despesas e privilegiar o Estado. "A primeira posição do ministro será de acabar com os ministérios criados na gestão Lula, como o Ministério da Consciência Negra e da Pesca, que não têm o menor cabimento de existir, uma vez que a soja e o minério de ferro geram maior atração e lucros para o País e não possuem seu próprio ministério. Além disso, cada órgão gera um gasto absurdo para os cofres públicos. Estes serão transformados em divisões dentro de ministérios importantes como o da Agricultura e da Cultura", declarou.

"Vamos fazer um corte generalizado dos gastos durante o governo Dilma Rousseff. Pretendemos fazer um ajuste dos gastos de custeio já existentes e dos novos. Os cortes ocorrerão sobre iniciativas em andamento e também sobre novos projetos que significariam aumentos de despesas. Apenas os projetos prioritários, como o Bolsa Família, serão poupados, de resto todas as áreas devem sofrer com cortes, será feita uma revisão em todos os ministérios. Alguns dos projetos do PAC serão prorrogados ou executados mais lentamente". As declarações foram feitas durante seminário na capital do Rio de Janeiro.

Guido Mantega não informou de quantos seriam os cortes orçamentários e nem quais seriam as proporções por ministério, mas adiantou que o Ministério do Planejamento, juntamente com o Tesouro Nacional, já iniciaram as análises e cálculos para possibilitar essa redução de gastos do governo. Ele antecipou somente que o corte não será linear, mas seletivo e que não irão comprometer os principais projetos. Hoje, as despesas da União, excluindo a Presidência, somam R$ 520 bilhões por ano.

Mantega citou como exemplo a PEC 300, que iguala os vencimentos de policiais militares e bombeiros aos salários dos policiais do Distrito Federal, como exemplo de projeto que poderá ser postergado, uma vez que, segundo o ministro, terá impacto de R$ 46 bilhões nas esferas federal e estadual e o aumento do salário mínimo, que não deve ultrapassar R$ 540. "A redução de gastos abre espaço razoável para a redução dos juros. O Brasil está muito defasado em juros no cenário internacional", disse.

"Os ministérios que irão sofrer mais com os cortes previstos pelo ministro Mantega são o de Minas e Energia, Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Planejamento, Orçamento e Gestão, Ciência e Tecnologia", frisou Grisi.

O objetivo do governo federal é de reduzir a relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos quatro anos. Segundo expectativa do ministro Mantega a dívida deverá ser de 41% do PIB este ano. Mas, até o final do governo Dilma Rousseff, em 2014, essa taxa deverá cair para cerca de 30%.

"Nossa dívida vem caindo desde 2002 e continuará caindo. Uma meta é chegar ao final do próximo governo em algo como 30%, o que é muito bom, porque os demais países estão com aumento da dívida. A dívida pública está crescendo em todo lugar: Estados Unidos, União Europeia, enquanto isso, estamos diminuindo nossa dívida."

"O Brasil conseguirá reduzir muito mais do que o prometido, uma vez que a taxa de juros irá recuar e com isso, os encargos da dívida pública serão reduzidos em mais de 30%. Vai ser uma economia brutal para o País", argumenta o diretor da Fractal.

Copom

Mantega falou também sobre a reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom) e disse que o colegiado levará em conta o cenário atual de inflação, o crescimento da economia e as medidas relativas ao crédito anunciadas no fim da semana passada pelo Banco Central.

"Mesmo com as posições corretas e o futuro com expectativas de baixa na Selic, pelo anúncio do Mantega, na reunião que tem início hoje, podemos esperar uma leve alta [0,5%] para conter a inflação", pondera Grisi.

O ministro também defendeu a mudança do parâmetro de indexação para o reajuste do preço de serviços, aluguéis e contas de luz. Segundo Mantega, o governo quer, gradativamente, substituir o Índice Geral de Preços (IGP), por outros como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial.

Segundo Mantega, o IGP sofre influência dos preços das commodities, e reflete os preços internacionais, o que traz distorções para o reajuste de preços dentro do País.

"O Mantega está buscando fazer mágica com uma nova contabilidade, precisamos alterar a realidade. A medida pode ser a que utilizamos, contudo, ela deve aferir a realidade", relata Grisi.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que o Brasil irá cortar gastos no primeiro ano de mandato de Dilma Rousseff, com o que todos os ministérios terão seu orçamento reduzido. Além disso, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) deverá ter projetos prorrogados ou executados "mais lentamente". O anúncio veio depois de o Banco Central ter anunciado sexta-feira medidas de restrição à concessão de crédito.

"Apenas os projetos prioritários, como o Bolsa Família, serão poupados; de resto, todas as áreas devem sofrer com cortes. Alguns dos projetos do PAC serão prorrogados ou executados mais lentamente", disse Mantega.

De acordo com o diretor da Fractal, Celso Grisi, o governo deve extinguir ministérios como o da Pesca e da Consciência Negra e fazer cortes nas pastas de Minas e Energia, Planejamento, Agricultura, e Ciência e Tecnologia

A votação do Orçamento da União de 2011, no valor de R$ 1,3 trilhão, poderá ser prejudicada e não ser concluída este ano se ganhar força no Congresso a apuração das denúncias de corrupção e fraude em emendas parlamentares contra o relator da matéria, senador Gim Argello.

Ao mesmo tempo em que tenta segurar os gastos, o governo tenta também segurar os juros. No entanto, o Banco Central deixou dúvidas em relação às medidas que anunciou sexta-feira para conter o crescimento do crédito. O vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel de Oliveira, afirma que pode haver confusão com a resolução do BC de dar prazo até 1º de julho de 2011 para os bancos se adaptarem às mudanças, o que pode gerar uma corrida para financiar automóveis no início de 2011.

A resolução causa preocupação para montadoras de veículos e entidades ligadas à indústria. Para o presidente da subsidiária brasileira da Volkswagen, Thomas Schmall, as novas medidas do governo brasileiro de restrição de crédito ao consumidor deverão afetar as vendas da indústria automobilística. De acordo com ele, ainda é cedo para avaliar os impactos que o setor sofrerá, mas as medidas do BC vão se refletir nas vendas e serão realmente visíveis a partir de 2011.

As revendedoras de veículos começam a se movimentar, principalmente as que revendiam com um parcelamento médio de 60 a 70 meses.

Em empresas que adotavam número menor de prestações, como a Toyota -70% de cujas vendas são feitas em até 24 meses-, as medidas não devem acarretar perda de vendas.

Fonte: DCI
Autor: Redação
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

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