O ano está chegando ao fim, e mais do que a Copa do Mundo e as eleições, 2010 deve ficar marcado também pelas boas vendas no Natal. É o que projetam os lojistas de Porto Alegre. “Estamos prevendo a melhor data da última década”, antecipa o presidente da CDL Porto Alegre, Vilson Noer. A expectativa da entidade é que o comércio da Capital tenha um aumento de 10% nas vendas, chegando a uma movimentação financeira de R$ 1,2 bilhão. “O Natal passado foi de superação. Começamos 2009 inseguros e terminamos bem melhor, mas 2010 pode ser equiparado a 2008”, explica Noer. A tendência de bons resultados aparece também na pesquisa “Hábitos de Consumo para o Natal”, realizada pela Rohde&Carvalho, com exclusividade para a entidade da Capital. Segundo o levantamento, que entrevistou 400 pessoas, na primeira quinzena de novembro, nos principais pontos de comércio da Capital, o número médio de presentes por pessoa deve aumentar: passando de cinco em 2009 para sete neste ano.

Ainda de acordo com o estudo, os itens mais procurados para compras devem ser: roupas, brinquedos, calçados e perfumaria. No entanto, quando os entrevistados são questionados sobre o que gostariam de ganhar, o ranking muda uma pouco: roupas, eletroeletrônicos (eletrônicos, eletrodomésticos, celulares, computador, DVD, MP5) Calçados, Carro e Perfumaria. Em 2009 os itens mais citados pelos entrevistados foram: eletroeletrônicos (22,3%), roupas (17,5%), calçados (10,3%) e carro (6,3%).Um ponto importante da pesquisa é o aumento de pessoas que recebem 13º salário. Em comparação com o ano passado, houve um crescimento de 6%: passando de 68,3% em 2009, para 72,9% neste ano. “Esse é o reflexo do bom desempenho da economia e do crescimento de vagas com carteira assinada no Brasil. O comércio é um dos setores que mais empregam no Brasil. Em Porto Alegre, cerca de 80 mil pessoas atuam no varejo”, explica o presidente.

Com relação ao 13º salário, 68,8% dos entrevistados afirmaram que vão usar parte do salário extra para comprar os presentes de Natal, viajar, investir na casa ou em uma festa de final de ano. Outros 30,8% dos consumidores pretendem destinar esse recurso para quitar ou renegociar dívidas, opção que no ano passado era escolhida por 39% dos entrevistados. “Para o comércio, o pagamento de dívidas se transforma em mais vendas, visto que sem as pendências financeiras, o cliente volta ao mercado para novas compras”, diz o dirigente.

O local escolhido pelos consumidores para as compras parece ser as lojas de shoppings da Capital, segundo 41,5% dos entrevistados. Já 35,8%, preferem as lojas de rua. Porém, mesmo com o presente decidido, a maioria dos consumidores vai deixar as compras de Natal para a última hora: a semana que antecede a data. Para convencer esses clientes a anteciparem suas escolhas, os lojistas precisam oferecer, na opinião dos consumidores, vantagens como promoção de preço, descontos à vista e facilidades no parcelamento.