TV CONSUMIDOR Masper TV ONLINE TOP Consumidor NOTÍCIAS RECOMENDAMOS QUEM SOMOS CONTATO  
Ricardo Orlandini – radialista, administrador de empresas, comentarista de rádio e TV
   
     
 


01/12/2010

Ricardo Orlandini – radialista, administrador de empresas, comentarista de rádio e TV
Desarmaram o cidadão, esqueceram-se dos bandidos
 

Vocês se lembram do Estatuto do Desarmamento, a Lei 10.826 de 22 de dezembro de 2003. A lei proíbe o porte de armas por civis, com exceção para os casos onde há ameaça à sua vida. Mesmo assim, para se conseguir um porte de arma não é fácil. É um árduo processo que pode levar meses.

 

Mas vamos adiante. Pela Lei, somente poderão andar armados os responsáveis pela garantia da segurança pública, integrantes das Forças Armadas, policiais, agentes de inteligência e agentes de segurança privada.

Pois é, não está faltando nesta lista uma certa “categoria profissional”?

É, desarmaram o cidadão, dificultaram ao máximo a obtenção de porte de arma para militares, policiais, magistrados e afins aposentados, mas facilitaram ainda mais a vida da bandidagem. Eles estão aí, armados até os dentes!

 

Para nossa sorte o referendo sobre a proibição da comercialização de armas de fogo e munições, ocorrido no Brasil a 23 de outubro de 2005, não permitiu que o artigo 35 do Estatuto do Desarmamento entrasse em vigor. Tal artigo apresentava a seguinte redação:

 

art. 35 - É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6º desta Lei.

Mais de 95 milhões de brasileiros votaram no referendo, sendo que 63,94% (59.109.265) votaram contra a proibição. Na região sul 79,59% (11.812.085) foram contra a proibição. Uma esmagadora negativa a esta tentativa de cercear a liberdade de escolha do cidadão.

Toco neste tema, passados pouco mais de cinco anos da realização do referendo, para dizer que, pela primeira vez desde que para o cidadão de bem ficou mais difícil comprar ou portar uma arma de fogo, os bandidos sofreram maior restrição ao uso indiscriminado de suas armas.

Aliás, nunca vi gente de bem, com arma legalizada, portar ou ter a seu dispor o tipo de armamento que o crime organizado do Rio de Janeiro e do resto do país possui.

Na “Guerra do Rio”, apareceram das melhores pistolas e fuzis até metralhadoras pesadas, granadas e lançadores de foguete. Só falta é que esta gentalha consiga tanques e helicópteros para equipar seus exércitos de marginais.

A reflexão que sugiro é esta: Para que desarmar o cidadão de bem se não conseguem desarmar os bandidos? Qual o motivo?

Uma das alegações é que morriam no Brasil em 2005, aproximadamente 32,5 mil pessoas vítimas de armas de fogo. Ora, se alegam que morre muita gente vítima de arma de fogo em nosso país, cerca de 50 mil brasileiros morrem por ano em nosso trânsito, chegando a quase cem mil computados os que morrem após o acidente. Se acrescentarmos os mutilados, este número vai longe.

Mas vamos lá, se o raciocino é este, devemos proibir os automóveis?

Ao que parece, o furo é mais embaixo. Desarmar o cidadão tem outro objetivo.

 

Estou errado?

http://www.ricardoorlandini.net

Fonte: Ricardo Orlandini
Autor: Ricardo Orlandini
Revisão e edição: de responsabilidade da fonte

Imprimir Enviar link

   
     
 
Comentários
 0 comentários


   
       
     


     
   
     
   
     
 



























 
     
   
     
 
 
 
     
 
 
     
     
 
 
       

+55 (51) 2160-6581 e 99997-3535
appel@consumidorrs.com.br