Com o reajuste, o preço do quilo de cortes como a picanha e o filé mignon para o consumidor final chegará próximo aos  R$ 50 até o final da semana. “Falta produto no centro do País e o mercado gaúcho não consegue atender a demanda”, explica Longo. “Ao contrário dos cortes de primeira que foram reajustados, os cortes do dianteiro, como paleta e  agulha, estão com os preços estáveis e são uma opção para o consumidor, que pode encontrar diversas ofertas destes produtos”, aponta.

 

Alternativa até dias atrás, a carne de frango também está sofrendo reajuste e terá seu preço aumentado de 9% a 19%, dependendo do corte, nesta semana. “O crescimento da procura em função do aumento da carne bovina está empurrando para cima o preço do frango. A sugestão da Agas é que a população fique atenta às outras opções e promoções”, alerta Longo.

 

Segundo o presidente da Agas, o consumidor já percebeu a alta da carne bovina. “Já sentimos uma queda de 15% na venda física da carne de gado e acreditamos que, seguindo esta alta, teremos uma queda de 20% nas vendas do produto, o que obrigará a recuar o seu preço”, projeta.

 

Para a Agas, a isenção do PIS/COFINS exclusivamente para frigoríficos, beneficiando apenas uma parte da cadeia, não tem ajudado a manter o preço da carne estável. “O setor está avaliando ações judiciais para buscar esta equiparação de alíquotas. Somos contra estas ações, mas queremos uma igualdade tributária para não onerarmos os cofres públicos e o consumidor”, diz o presidente da entidade.

 

Segundo Longo, a desoneração de apenas uma parte da cadeia produtiva faz com que só uma ponta seja responsável pelo tributo, que acaba sendo repassado ao consumidor final.