O Brasil não pára de receber artistas internacionais, que se apresentam nas melhores casas de espetáculo e em estádios. Mas o público tem reclamado do alto valor dos preços desses shows, inclusive para a meia-entrada, que chegam a ultrapassar a centena de reais. 

“São vários os fatores que contribuem para os preços elevados. Custo de produção em dólar (alta do dólar), cachês dos artistas em dólar, dificuldade na obtenção de patrocino, falta de uma regulamentação da meia-entrada, valor dos impostos extremamente altos no Brasil, falta de coordenação entre os diversos promotores de eventos internacionais no Brasil – causando uma espécie de leilão internacional para contratação dos grandes nomes, o que acaba inflacionando o preço nominal destes artistas e suas produções”, explica o presidente da Associação Brasileira de Empresários Artísticos (ABEART), Carlos “KK” Mamoni Júnior.

No momento, o Projeto de Lei (PL 188/07), que visa regulamentar a emissão das carteiras de estudantes, oficializando a UNE e a UBES como únicos autorizados a emitir as carteiras, já foi aprovado pelo Senado e aguarda votação na Câmara dos Deputados, para que possa voltar ao Senado e finalmente ser sancionado pelo Presidente da República.

“Nenhuma das leis atuais prevêem o reembolso pelo Governo do desconto dado, ao contrário de outras atividades da economia. E desta forma, para que  o ingresso de alguns custe mais  barato, outros deverão pagar a diferença, ou seja, o preço dos ingressos subiu para compensar o desconto. Sendo assim, com a regulamentação, os preços dos ingressos cairiam entre 30% e 40% em seu valor. Hoje, na realidade, os estudantes pagam inteira e os cidadãos comuns pagam dobrado”, diz Mamoni Júnior.