Mesmo com um orçamento para investimentos em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) da ordem de R$ 2,2 bilhões/ano, a Caixa Econômica Federal ressente-se da oferta desses serviços em localidades mais distantes dos grandes centros populacionais.
Segundo a Vice-presidente de Tecnologia da CEF, Clarice Coppetti, a instituição não vem conseguindo infraestrutura de rede de comunicação de dados suficiente para atender à demanda bancária, crescente nos últimos anos. Os serviços pioram quando as localidades são mais distantes das grandes capitais e centros urbanos.
Nos últimos anos, ingressaram no sistema bancário cerca de 30 milhões de novos clientes, oriundos das classes C e D. Porém, para fazer frente ao desafio de atender bem esse novo contingente, os serviços de TIC não estão crescendo na mesma proporção.
Hoje, a Caixa possui 51 milhões de clientes. A instituição é a responsável pelo pagamento dos 12 milhões de beneficiados com o Bolsa Família e até outubro deste ano já movimentou 47 milhões de aplicações no Crédito Imobiliário, que totalizaram R$ 57 bilhões. Também atende na sua rede bancária as empresas que necessitam manter em dia o recolhimento do FGTS, PIS/Pasep, que geram uma movimentação diária de três milhões de documentos.
Além da falta de uma rede de comunicação de dados eficiente - que se torna menos abundante no interior do Brasil, justamente onde a CEF precisa manter uma comunicação eficaz com os municípios, através do Cadastro Único - a instituição também perde tempo e, por consequência, tem seus custos elevados, quando necessita que as empresas prestadoras desses serviços mostrem capacidade para interoperar com os sistemas de código aberto que desenvolveu.
Nesse aspecto, a vice-presidente de TI foi taxativa: a CEF não pagará licenças de software quando estas estiverem disponíveis no mercado em código aberto. CDTV, do portal Convergência Digital, acompanhou a apresentação da Vice-Presidente de Tecnologia da Caixa durante a Futurecom 2010. Assistam.